EUA sancionam chineses fornecedores de componentes para 'drones' iranianos
Os Estados Unidos adicionaram esta quinta-feira cinco empresas chinesas à sua 'lista negra' de sanções, por fornecerem componentes a fabricantes de 'drones' iranianos.
O Tesouro dos EUA estabeleceu uma ligação direta entre estas empresas chinesas e os ataques russos na Ucrânia, por um lado, bem como com os ataques iranianos a petroleiros na região do Golfo.
Estes ataques foram realizados com 'drones' Shahed-136, fabricados pela HESA [Iran Aircraft Manufacturing Industrial Co], noticiou a agência France-Presse (AFP).
As sanções visam principalmente empresas com sede em Hangzhou, Shenzhen, Guilin e Hong Kong, acusadas pelo Tesouro dos EUA de terem fornecido motores leves e outros componentes de 'drones' à HESA, controlada, de acordo com Washington, pelo Ministério da Defesa iraniano.
As empresas são "responsáveis pela venda e envio [para a HESA] de milhares de componentes aeronáuticos, incluindo componentes que podem ser usados para 'drones'", sublinhou o Tesouro em comunicado.
"O Irão está diretamente implicado nas baixas ucranianas resultantes do uso de 'drones' iranianos pela Rússia na Ucrânia", destacou ainda o subsecretário do Tesouro, Brian Nelson, citado na nota de imprensa.
Em sanções paralelas, o Tesouro também colocou na 'lista negra' 39 empresas e entidades do Irão, Hong Kong, China ou Dubai, entre outros locais, por ajudarem Teerão a vender hidrocarbonetos em violação das sanções internacionais.
As sanções dos EUA visam impedir que entidades na 'lista negra' acedam a mercados e serviços financeiros internacionais, congelando os seus ativos sob jurisdição dos EUA e proibindo qualquer entidade dos EUA, incluindo bancos internacionais com filiais nos Estados Unidos, de manter relações comerciais com estas.
Os EUA têm adotado várias medidas para isolar o Irão da comunidade global.