"Jaime Ramos não teve, nem tem, qualquer influência nas obras"
Rui Caetano questionou o presidente do grupo AFA sobre o artigo de opinião de Miguel de Sousa em que referia que Jaime Ramos, ex-secretário-geral do PSD, controlava a adjudicação de todas as obras e que recebia 10%. O líder parlamentar do PS perguntou directamente ao empresário se isso era verdade.
Avelino Farinha garantiu que Jaime Ramos nunca teve "nem tem" qualquer influência na atribuição de obras e recordou que o seu papel é, sobretudo, de presidente da ASSICOM, na defesa das empresas de construção.
"Votei no partido que elegeu Sérgio Marques"
Antes, questionado pelos deputados do PS sobre se Sérgio Marques não deveria ser ouvido nesta comissão de inquérito, afirmou que a entrevista que foi dada ao DN/Lisboa está a ser vista de uma forma estranha. Sérgio Marques passou a ser uma pessoa "intocável" quando o que fez foi, "como se diz na Calheta", de "desbocado".
"Apesar de dr. Sérgio Marques dizer tudo o que disse, eu votei no partido que o elegeu".
Victor Freitas questionou o empresário sobre o concurso da primeira fase da obra do hospital, ganha pelo grupo AFA.
Avelino Farinha garantiu toda a transparência do processo e perguntou aos deputados se acreditavam ser possível viciar um concurso internacional desta dimensão.
Também fez outra pergunta: "acham que haveria outras empresas mais capazes de fazer esta obra?"
Ainda sobre a obra do hospital, afirmou que a divisão da obra em várias fases "prejudica empresas como a AFA", uma vez que, se fosse lançado o concurso total, apenas empresas de maior dimensão poderiam concorrer e, nesse caso "a AFA estava em vantagem porque está cá" e pode apresentar preços melhores.