Que venha o Braga!
O Nacional deve agarrar-se ao sonho de conquistar o ‘caneco’, se é que quer continuar a fazer história
Boa noite!
A esta hora na capital portuguesa reina um silêncio eloquente à conta do futebol. Ouve-se contar que as cagarras da Madeira depenaram os gansos e que as águias também se abatem. Basta que haja guerreiros no Minho e uma reedição dos outrora mágicos da Choupana. Coisas da bola que não valem mais do que isso, mas que geram satisfação momentânea.
O Nacional como há muito não o víamos alcançou hoje pela quarta-vez a presença nas meias-finais da Taça de Portugal. Despachou com classe o adversário de escalão superior e mesmo que tenha tirado partido do desacerto dos faltosos do Casa Pia, segue em frente para o jogo a duas mãos, tendo que medir forças contra o temível Braga.
Nas três ocasiões que tentou estar no Jamor, o Nacional ficou pelo caminho. Em 2008/09 foi eliminado pelo Paços de Ferreira, após empate a duas bolas fora e derrota por 2-3 em casa. Em 2011/12, frente ao Sporting, empatou em Alvalade a duas bolas e perdeu na Choupana por 3-1. Em 2014/15, Nacional e Sporting reencontraram-se noutra meia-final. Após empate 2-2 na Madeira, a derrota em Lisboa por 1-0 adiou uma vez mais o sonho. Ou seja, enquanto semi-finalistas, os alvi-negros nunca ganharam, mas marcaram sempre.
Fica assim dado o mote para nova disputa e intensa luta pelo ‘caneco’, mesmo que o Braga tenha eliminado o Benfica e seja um dos quatro ‘grandes’ de Portugal. O Nacional nada tem a temer. Basta lembrar-lhes que, entre os maiores, também já foi quarto, por duas ocasiões, e que apesar de por vezes andar à deriva, tem uma matriz diferenciadora que importa voltar agora a accionar, se é que quer continuar a fazer história.