A Guerra Mundo

Autoridades bielorrussas anunciam abate de 'drone' ucraniano

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A guarda fronteiriça e as forças armadas bielorrussas abateram um 'drone' (aeronave não tripulada) em Pinsk, na fronteira com a Ucrânia, o quinto desde o início de novembro, informaram hoje as autoridades bielorrussas.

"O incidente ocorreu perto da fronteira estadual na região de Stolin. Os guardas de fronteira bielorrussos detetaram um 'drone' vindo do lado ucraniano em direção ao território bielorrusso", declarou a Comissão Estadual de Fronteiras.

Esta agência explicou através da plataforma Telegram que uma patrulha de fronteira com o uso de armas eletrónicas "intercetou o voo do 'drone'".

O aparelho estava equipado com uma câmara de vídeo e, segundo a agência bielorrussa, o conteúdo do cartão de memória confirmava "que o 'drone' foi lançado do território da Ucrânia e utilizado para reconhecimento e captação de imagens de meios técnicos de proteção de fronteiras no território da Bielorrússia".

Incidentes semelhantes com 'drones' da Ucrânia já foram registados nos dias 01, 02 e 16 de dezembro, além de 16 de novembro.

A Bielorrússia é um dos principais aliados da Rússia, apesar de não se ter envolvido diretamente na guerra na Ucrânia.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, pelo menos 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.155 civis mortos e 11.662 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.