De há uns anos a esta parte, muito por influência da importação de jogadores ou futebolistas brasileiros, que se acentuou na segunda metade do século passado a partir dos anos sessenta e que hoje com a industrialização do fenómeno, em que se transformou o FUTEBOL, do meu ponto de vista e tal como o conheci, amei e pratiquei ex- actividade desportiva ou tal como se dizia à época Desporto.

Hoje, com as novas dinâmicas e com as verbas astronómicas que movimenta a nova indústria mudou muita coisa, umas para melhor, outras para pior, depende dos gostos e pontos de vista, mas, o que não há dúvida é que frases como... “jogar com amor à camisola”, “deixar tudo em campo”, “passa a bola mas não passa o homem” ..., etc., desapareceram e deram origem a outras, não vindo daí qualquer mal ao mundo.

Há uma, nova, que me impressiona, particularmente, que escolhi para título, que na maioria dos casos e que a seguir a uma derrota avança, em direcção a qualquer microfone que apareça, que é: - “agora há que levantar a cabeça”...

Foi o que nos aconteceu a todos nós, apoiantes e simpatizantes da selecção portuguesa depois da eliminação às mãos de Marrocos. Engraçado, não ouvi nenhum jogador dizê-la, mas, foi o que eu e a grande maioria dos que ficam na bancada e não jogam, sentiram e disseram interiormente. É o hábito, só que desta vez, em vez de ouvir dos que jogam, foi o que sentimos os que “sofrem”, até porque a maioria dos jogadores já estavam “comprometidos” com as férias no Dubai e ocupados com os penteados e tatuagens respectivas, além do Instagram, Facebook, Twitter e afins. Outras prioridades...!

Confesso, que ainda vi o fantástico jogo da final e aí, “tive a certeza” do que já desconfiava, somos “bonzinhos”, até há quem diga que somos os melhores do mundo, mas, Portugal não tinha equipa (querer, espírito de sacrifício, atitude, mentalidade, etc.) para ganhar à França ou à Argentina. O resto é conversa e esta não ganha Campeonatos…, Quem pagou as favas? Ora, o treinador…!

Em presunção e convencimento fomos Campeões do Mundo. O costume!

Vivemos tempos muito difíceis e infelizmente quem nos Governa e a quem o Povo deu uma maioria absoluta, tem evidenciado uma falta de... resumiria, “tudo” para a função; estou-me a lembrar de Competência, Ética, Honra, Princípios, Seriedade, Vergonha, Jeito e Disponibilidade para Servir... Aqui, estou eu a escrever, mas, parafraseando o que ouvi da boca do Dr. Álvaro Beleza, Presidente da SEDES que é a Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, reputado Médico, respeitado dirigente socialista, numa intervenção no dia 28/12 na CNN, que a propósito do escândalo da indemnização à Ex- Secretária de Estado e às confusões da TAP, fazia alusão a alguns princípios republicanos, bem como a socialistas da estatura e estirpe de Salgado Zenha, António Sampaio e António Arnaud que gozaram do estatuto de Senhores e sem “poder” fazer o contraponto, respectivo, para os labregos e sem vergonha que se intitulam, também, como sendo do mesmo partido, mas, que infelizmente e no caso em apreço e para nossa desgraça (aqui são palavras minhas), em termos de estatura (com letra pequena), são meras e reles miniaturas e são eles que mais do que nos governarem, como era suposto, se governam “à grande e à francesa”...

Mas, comemoram o 25 de Abril de cravo na mão ou na lapela e alguns com a outra mão na mala do carcanhol…!

Estava a ver a melhor forma de transmitir, o que me vai na alma, e eis que recebi uma “rábula” enviada por um Amigo e que com as devidas adaptações e um novo enquadramento, “encaixa que nem uma luva”.

Hoje, existe uma nova figura no país que funciona tipo amortecedor ou pára-choque, que é o MOTORISTA. Eu explico e exemplifico:

Na CASA PIA, era o Motorista que violava as crianças …

Com RENDEIRO, foi o Motorista que comprou o apartamento onde ele vivia …

No caso de LUÍS FILIPE VIEIRA, era o Motorista que transportava as drogas …

Caso SÓCRATES, era o Motorista que fazia os subornos e lhe emprestava algum …

Com o nosso CABRITA, quem é que decidiu ir em excesso de velocidade? Ora, o Motorista …

Notícia: - O Conselho de Ministros aprovou, a criação de um mecanismo de escrutínio às personalidades, nomeadas pelo primeiro-ministro para cargos governativos e que consiste num inquérito de 36 perguntas e declaração de compromisso de honra. (A grande maioria sabe lá o que é isso …!)

Pergunto eu: - Para quê complicar tanto?

Sugiro uma solução muito mais fácil e que facilite a resolução do problema. Antes de nomear os Secretários de Estado ou os Ministros, nomeiam-se os Motoristas respectivos, algumas tutelas têm vários disponíveis e ao serviço. Depois disso e em caso de remodelação do Governo, surgindo qualquer percalço, que de acordo com o que tem acontecido, é o mais certo … De quem é a responsabilidade?… Nem mais, do Motorista…!

A nós os que não temos Motorista e que ainda temos juízo, diria que nos resta: - LEVANTAR A CABEÇA...!

P.S. - Já que falámos em juízo, gostaria de abordar a seguinte questão: tem sido muito comentado o preço do altar ou altares, os custos do evento, etc., da Jornada Mundial da Juventude.

Não me compete discutir a justeza ou não dos argumentos e detalhes relativos a esta polémica, com certeza todos válidos; apenas uma pergunta, porque é que esta gente, refiro-me aos políticos que supostamente nos governam, incluo o próprio Presidente da República, antes de saber quanto é que poderia custar um evento destes para ver se tinham orçamento e estaleca, de forma alarve, saloia e inconsciente abalançaram-se e agora é toda esta confusão e vergonha.

É que nós o povo, especialmente quando se trata de gente séria, antes de “comprar” seja o que for, normalmente pergunta quanto custa, ou quanto pode vir a custar. É o mínimo, até porque entre nós utilizamos uma frase que diz quase tudo - Quem não tem dinheiro, não tem vícios …! É muito simples e evita fazer figuras tristes.