Atendendo à falta de mão-de-obra que tem sido uma das preocupações centrais nas várias reuniões levadas a cabo junto do sector económico e empresarial, é importante que a Região esteja devidamente preparada para receber profissionais estrangeiros, elaborando, para o efeito, um plano de recepção, integração e orientação destes recursos para as necessidades identificadas em cada actividade.

Uma sugestão apresentada naquela que foi a segunda reunião promovida, no âmbito do 'Compromisso 2030', concretamente no que respeita à área da Economia, com a ACIF – Câmara de Comércio e Indústria do Funchal, na qual, na sequência das anteriores reuniões com o sector, o foco esteve, também, na necessidade de reforçar e reestruturar a formação profissional.

“A ideia é que possamos colmatar, através do recurso a estes profissionais, algumas lacunas que actualmente existem e que não têm encontrado resposta dentro daquela que é a oferta de trabalhadores na Região”, começou por explicar a Coordenadora do 'Compromisso 2030' para a área da Economia, Cristina Pedra, sublinhando a necessidade de haver, todavia, um planeamento e uma organização prévia que garanta a satisfação das reais necessidades do mercado, nas áreas que estão sinalizadas pelo próprio tecido empresarial.

Paralelamente, vinca, “ouvimos, igualmente, alguns alertas para a necessidade de reforçar a formação profissional em áreas e sectores específicos, bem como também nos foi proposto que o modelo de formação, para além de estar orientado nesta lógica, pudesse também estar preparado para auxiliar os próprios empresários e todos aqueles que aspiram a sê-lo”, acrescentando que, também neste campo, seria importante aumentar os valores actualmente praticados, há muito anos por actualizar.

A necessidade de garantir que as verbas do PRR Regional possam chegar às empresas e a importância de desburocratizar e desmaterializar a administração pública regional e nacional foram outras das preocupações deixadas neste encontro de trabalho, no qual houve também espaço para reiterar o interesse dos empresários na reformulação do modelo de formação que é seguido pelas Escolas Profissionais, ajustando-o às necessidades e reforçando a sua qualidade, tendo sido focado, a este propósito, o exemplo da Escola de Hotelaria da Madeira.