Importações e exportações da Madeira com o estrangeiro batem recorde
O saldo da balança comercial foi positivo em 92 milhões de euros, apenas o segundo mais alto, atrás de 2019, e pelo sexto ano consecutivo
O saldo da balança comercial da RAM com o estrangeiro, em 2022, "registou um superavit de 92,0 milhões de euros (20,3 milhões de euros em 2021), mantendo-se assim a tendência manifestada desde 2017", de acordo com os dados provisórios divulgados esta tarde pela Direcção Regional de Estatística da Madeira. "A taxa de cobertura das importações pelas exportações em 2021 foi de 134,8%, superior à registada no ano precedente, que se fixou em 108,2%".
Os dados revelam ainda que no ano passado, "o total de exportações de empresas com sede na RAM rondou os 356,7 milhões de euros, tendo aumentado 33,5% face a 2021, enquanto as importações fixaram-se nos 264,6 milhões de euros, crescendo 7,2% comparativamente ao ano precedente".
Diz a DREM que "no ano em referência, a maioria da saída de bens destinou-se a países terceiros (66,5% do total), enquanto do lado das importações manteve-se a preponderância dos países da União Europeia (77,1%)", sendo de sublinhar que "os valores de 2022, quer das exportações quer das importações para o estrangeiro, são os mais elevados de sempre".
Contudo, faz notar a autoridade estatística regional, "esta informação se refere somente ao comércio com o estrangeiro realizado por empresas sediadas na Região Autónoma da Madeira, o qual é uma parcela ínfima da entrada e saída de bens na Região". E explica: "Com efeito, a maioria das trocas comerciais que a RAM realiza são com o Continente. Não existe à data informação estatística sobre este tipo de comércio, embora os dados do carregamento e descarregamento de mercadorias nos portos regionais, disponíveis através das estatísticas dos transportes, sugiram que o mesmo é largamente deficitário."
"De notar também a participação que as empresas sediadas no Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM) têm no comércio internacional de ambos os fluxos" e que "segundo o último estudo da DREM neste âmbito que teve como objeto o ano de 2021, 77,5% das exportações e 57,3% das importações foram efetuadas por empresas sediadas no CINM".