Madeira

Bancos com cada vez menos presença física na Madeira

Número de estabelecimentos manteve trajectória descendente em 2021

Foto Shutterstock
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Os estabelecimentos de bancos, caixas económicas e caixa de crédito agrícola na Madeira tem vindo a diminuir, atingindo em 2021 somente 88 balcões físicos abertos ao público, menos 7 do que em 2020 (-7,4%) e menos 94 do que no pico atingido em 2009 (182 estabelecimentos), representando uma redução de 51,6%. "O número de estabelecimentos bancários tem vindo sucessivamente a descer, sendo o número de 2021, o mais baixo registado na Região desde o início da série (1997)", informa hoje a Direcção Regional de Estatística da Madeira, segundo a informação apurada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) para o segmento da 'outra intermediação monetária (OIM).

"No ano em referência, mais de metade (53,4%) dos 88 estabelecimentos de bancos, caixas económicas e caixa de crédito agrícola na RAM estavam concentrados no município do Funchal (47 estabelecimentos), surgindo logo a seguir Santa Cruz, com 8 estabelecimentos", salienta. "O número de estabelecimentos de OIM por 10.000 habitantes, na RAM, em 2021, era de 3,5, valor inferior em 0,3 pontos percentuais (p.p.) ao verificado para o país (3,8). O Porto Moniz e o Porto Santo apresentavam os rácios mais elevados (8,3 e 7,7, pela mesma ordem), surgindo no polo oposto, Santa Cruz e Câmara de Lobos, com 1,8 cada, e a Ponta do Sol, com 1,2 estabelecimentos por 10.000 habitantes", acrescenta a DREM.

...também menos pessoal

Segundo explica a autoridade estatística regional, "a aplicação do tratamento de segredo estatístico por parte do INE inviabiliza a divulgação do número do pessoal ao serviço e do respectivo custo para três municípios da RAM, no que se refere a 2021".

mas "a informação disponível para os restantes oito municípios mostra que houve redução de pessoal ao serviço na Calheta e Santa Cruz (ambos com -8), em Câmara de Lobos e Machico (os dois com -5) e na Ribeira Brava (-1), enquanto o Porto Santo manteve o valor de 2020".

Já em em termos globais, "em 2021, trabalhavam nos estabelecimentos bancários da Região, 473 pessoas. Quanto ao custo com pessoal, apenas em Machico foi registada uma quebra, de -16,9%, sendo que nos restantes verificaram-se subidas, que oscilaram entre os 9,6%, na Ribeira Brava, e os 2,6%, na Calheta", faz notar.

Juros a baixar, comissões a subir

Faz ainda notar que "os juros e proveitos equiparados rondaram os 39,8 milhões de euros, em 2021, -10,7% que em 2020, enquanto as comissões recebidas pelos estabelecimentos bancários localizados na Região subiram para os 28,2 milhões de euros, ou seja +4,8% face ao ano precedente".

O certo também é que em 2021, "os juros de depósitos de clientes atingiram o nível mais baixo da série disponível (que se inicia em 1997), ficando pelos 3,6 milhões de euros (-19,6% que em 2020)".

Prémios brutos de seguros também decresceram em 2021

No que toca à actividade seguradora, "foram identificados 11 estabelecimentos de empresas de seguros na Região, menos 2 que em 2020", refere a DREM.

"O número de pessoas ao serviço foi de 41 (40 em 2020)" e "relativamente aos custos com o pessoal, estes aumentaram em 21,8%, entre 2020 e 2021".

Por fim, "os prémios brutos emitidos pelos estabelecimentos de empresas de seguros na Região caíram para os 45,5 milhões de euros, em 2021, -4,4% que no ano precedente", conclui.