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Vida selvagem do Uganda aumentou significativamente nos últimos 40 anos

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A vida selvagem do Uganda floresceu largamente nos últimos 40 anos, embora espécies como leões e chimpanzés continuem ameaçadas, anunciou hoje o Governo.

O Uganda, um dos países do mundo com a maior biodiversidade, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), viu as populações de várias espécies de vida selvagem aumentarem para mais do dobro, entre 1983 e 2021, "graças ao aumento das medidas de proteção em áreas protegidas", disse em Kampala o ministro da Vida Selvagem, Tom Butime.

Durante as últimas quatro décadas, o número de elefantes neste país da África Oriental quase quadruplicou (aumentando para os atuais 7.975), o número de girafas aumentou seis vezes (para 2.072) e o de búfalos quase duplicou (para mais de 44.000), de acordo com os números do ministério.

O Governo também "conseguiu reintroduzir com sucesso rinocerontes no país, que tinham desaparecido no início dos anos 80", acrescentou.

Mas outras espécies, como os leões e os chimpanzés, viram o seu número diminuir devido à caça furtiva e outros abates, à diminuição da natureza selvagem e às alterações climáticas. "É preciso fazer mais" para inverter esta tendência, acrescentou.

Os peritos da ONU em biodiversidade alertaram no ano passado que a exploração descontrolada da natureza estava a ameaçar o bem-estar de milhares de milhões de pessoas em todo o mundo que dependem da vida selvagem para obter alimentos e rendimentos.

A União Internacional para a Conservação da Natureza assinalou, em dezembro, que a vida selvagem que vive em áreas privadas no Uganda continua em grande parte desprotegida e apelou a medidas para reduzir os conflitos entre a vida selvagem e os seres humanos no Uganda.

O Uganda alberga quase 53% da população mundial de gorilas de montanha e 11% das espécies de aves do mundo, de acordo com a ONU.

O turismo é uma das suas maiores fontes de divisas, contribuindo com quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, de acordo com o Governo.