Três bons sinais
As empresas, as tais que alguns alienados da política abominam, continuam a mostrar como se faz
Boa noite!
Como o ano começou com alguns iluminados determinados em fustigar quem gera riqueza e cria emprego, chegou a hora de expô-los ao ridículo.
Nada melhor do que partilhar exemplos concretos que destoam da mediocridade instalada. Numa terra de invejosos que desperdiçam talentos e ignoram a produtividade como forma de afirmação, essa é a melhor maneira de tornar evidente quão insignificantes são os que tudo contestam, mas nada propõem e os que muito prometem e nada fazem.
Nas últimas horas revelamos que os trabalhadores da cervejeira madeirense vão contar com um aumento salarial de 5,5%, acréscimo que já foi incluído no pagamento de Janeiro. Não sei se já houve louvor sindical à ECM, mas espera-se que a decisão assumida por Miguel de Sousa faça escola num contexto regional e ultraperiférico de custos acrescidos e descontrolo total de preços. A inflação obriga a que este ano as actualizações salariais nas empresas não sejam simbólicas. Abaixo de 5% é gozo.
Soube-se também que Galp é, a partir de hoje, parceira de energia do Banco Alimentar. O acordo permite fornecer um total de 375 mil euros em combustível, durante três anos, aos 21 bancos nacionais da instituição. Uma parceria que permitirá suportar as operações logísticas da rede nacional de Bancos Alimentares Contra a Fome, no continente, Açores e Madeira. Ainda há empresas em Portugal que não nos levam tudo.
E há ainda a Anturio, a tecnológica nacional nascida na Madeira, liderada por Duarte Miguel Freitas, que "vai abrir 25 vagas este ano”, privilegiando os jovens licenciados. Pelos vistos, há negócios que não precisam da estufa insular para crescer 20% ao ano e ter futuro.
As empresas, as tais que alguns alienados da política abominam, continuam a mostrar como se faz, enquanto os acomodados do regime tratam da sua vidinha, pouco interessados no bem estar colectivo. E é vê-los em selfies de copo na mão em Bruxelas, em caçadas pelo continente português ou a descobrir as entranhas da ilha com companhias exuberantes.
O que nos vale é que há excepções, gente que está atenta à actualidade, que resolve anomalias, que traça objectivos e que nos faz acreditar que nem tudo está perdido.