Madeira com condições para assumir nova estratégia de rentabilização ambiental
A reunião do 'Compromisso 2030' sobre o ambiente juntou vários sectores de actividade, desde a gestão ambiental, o turismo, o desenvolvimento local, o sector empresarial e associativo
Neste momento, existem condições para que a Madeira assuma, quanto ao futuro, uma nova estratégia de valorização e rentabilização do sector ambiental que, simultaneamente, reforce a sua conservação e preservação, garanta um quadro legal atualizado, afirme novas oportunidades de desenvolvimento e investimento gerador de emprego e promova uma participação mais consciente e activa de toda a população na sua defesa.
Eis as conclusões de mais uma reunião do 'Compromisso 2030' sobre o ambiente, a qual juntou os vários sectores de actividade, desde a gestão ambiental, o turismo, o desenvolvimento local, o sector empresarial e associativo.
Através de uma nota de imprensa, o PSD/Madeira refere que "uma das conclusões aponta para que o ambiente deva ser entendido e promovido como um pilar do desenvolvimento socioeconómico da Região, evoluindo para uma efectiva capacidade de utilizar os recursos naturais como verdadeiros activos desse desenvolvimento e não como meros elementos simbólicos e intangíveis.
“Efectivamente, há um conjunto de desafios e oportunidades que se colocam a este sector e que a Madeira deve saber aproveitar, de modo a que o setor do ambiente deixe de ser, apenas, um sector com impacto transversal a todas as áreas de atividade e ganhe a sua própria dimensão económica, quer pela via da atração de investimento e geração de emprego, quer pela sua maior compatibilização com o desenvolvimento futuro que é desejado, assumindo um contributo directo para a qualidade de vida das populações”, explica o coordenador do 'Compromisso 2030' para a área do Ambiente, Domingos Abreu.
O social-democrata acrescenta que é fundamental mudar a imagem de que o ambiente é impeditivo ao desenvolvimento quando, na realidade, pode e deve ser, garantindo-se a sustentabilidade, o seu maior promotor.
Assim sendo, refere que “é fundamental que determinadas premissas sejam cumpridas, designadamente no que toca à adequação de legislação em vigor, tanto mais quando em determinadas áreas a mesma remonta à década de 70, tendo existindo, desde então, uma grande transformação até aos dias de hoje, como acontece, por exemplo no que respeita à biodiversidade e às alterações climáticas”.
Uma actualização, acrescenta, que ajustando o sector à realidade permite ao mesmo tempo que a Madeira possa acompanhar as novas tendências em linha com as estratégias europeia e internacional que, hoje, apontam para um posicionamento mais ativo, rentável e moderno deste sector.
A mesma nota de imprensa refere que o debate assumiu como fundamental a necessidade das instituições públicas, sejam do Governo ou dos municípios darem o exemplo na implementação de boas práticas ambientais e de sustentabilidade, designadamente em termos de certificação energética dos edifícios e de uma política de aquisições mais amiga do ambiente, reforçando-se a necessidade de parcerias que resultem a favor desta valorização ambiental, mas também na gestão e diminuição dos riscos associados à vulnerabilidade das florestas ou de outras situações directamente ligadas às alterações climáticas.
"Considera-se, por fim, relevante a aposta na educação e sensibilização para o ambiente e sustentabilidade como forma de estimular o maior envolvimento e participação dos cidadãos", concluiu a nota.