Força conjunta portuguesa parte na quarta-feira para a Turquia
A força operacional de 53 profissionais coordenados pela Proteção Civil parte de Lisboa na quarta-feira para a Turquia para apoiar as operações de busca e salvamento após o sismo que já provocou mais de 6.000 mortos.
Segundo uma nota da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), a Força Operacional Conjunta, com valências nas áreas de busca, salvamento, proteção e socorro em estruturas colapsadas parte após as 14:30 de quarta-feira do Terminal Militar de Figo Maduro, anexo ao Aeroporto de Lisboa.
Esta força é composta por operacionais da ANEPC, da Guarda Nacional Republicana, do Regimento Sapadores Bombeiros e do Instituto Nacional de Emergência Médica e a ajuda humanitária decorre do pedido de assistência internacional formulado pelas autoridades turcas via Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia.
O ministro da Administração Interna (MAI), José Luis Carneiro, já tinha anunciado hoje, em Coimbra, o envio desta força de 53 elementos, que sairá de Portugal "para se juntar aos esforços europeus de cariz humanitário de proteção civil e, muito particularmente no caso do apoio português, no âmbito da busca e do salvamento".
Em declarações aos jornalistas à margem do mesmo encontro com autarcas da região centro em Coimbra, o presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, Duarte da Costa, explicou que "já foram encontradas, em parceria com o Mecanismo Europeu, as metodologias que são necessárias para fazer entrar a força na Turquia, conjuntamente com outros esforços europeus e outras forças europeias que neste momento se estão a preparar".
O número de mortos nos fortes sismos que atingiram na segunda-feira o sudeste da Turquia e a vizinha Síria aumentou para 6.256, indica hoje um novo balanço provisório divulgado pelas autoridades turcas.
O anterior balanço apontava para mais de cinco mil mortos na Turquia e na Síria.
Só na Turquia, o número de vítimas mortais subiu para 4.544, de acordo com a Proteção Civil turca, que anteriormente tinha contabilizado pelo menos 3.500 mortos e 22.000 feridos no país.
Segundo uma estimativa hoje avançada pela Organização Mundial da Saúde, o número de pessoas afetadas pelos sismos pode chegar aos 23 milhões.