Açores estão a preparar programa de rastreio do cancro do pulmão
O secretário regional da Saúde e Desporto apelou aos açorianos para responderem positivamente aos rastreios do Centro de Oncologia dos Açores (COA), adiantando que "está em curso a preparação de mais um, dirigido aos fumadores".
"Há uma iniciativa no Parlamento dos Açores, o programa do Governo também já o referia, e estamos a falar de um programa de rastreio do cancro do pulmão muito complexo, mas trabalhamos para o desenvolver de acordo com a capacidade da região", adiantou Clélio Meneses, citado numa nota publicada ontem no 'site' do Governo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM).
Numa intervenção, em Angra do Heroísmo, na Terceira, na conferência "Oncologia: Presente e Futuro", organizada pelo Centro de Oncologia dos Açores (COA), para assinalar o Dia Mundial do Cancro, Clélio Meneses recusou que "o estigma social da doença oncológica permita pensar que uma notícia é uma fatalidade".
O governante sublinhou que "antes da doença há a prevenção e o rastreio" e exortou os açorianos a responderem positivamente às iniciativas do Centro de Oncologia dos Açores (COA).
Recordando que há quatro rastreios oncológicos em curso no arquipélago, Clélio Meneses assinalou que "está em curso a preparação" do rastreio ao cancro do pulmão.
Para o secretário regional da Saúde e Desporto, citado na mesma nota, "é importante ter presente que, mesmo na doença, existem respostas de nível cirúrgico, de quimioterapia, radioterapia, e outras, que todas elas garantem mais vida e melhor qualidade de vida".
"E depois da doença, também é importante perceber que a alteração da estrutura etária, faz com que haja mais esperança de vida, mas apesar da doença, é possível ter essa esperança de vida, com qualidade, ao nível de cuidados paliativos e ao nível de cuidados de saúde, no envelhecimento", disse o governante, citado na nota.
Em outubro de 2022, o PAN nos Açores apresentou uma proposta no parlamento açoriano, que se encontra em análise em comissão, que visa a implementação do rastreio do cancro no pulmão, junto da população de alto risco e o agravamento tributário sobre o tabaco.
O partido justificou, na ocasião, a proposta com a elevada incidência de cancro pulmonar nos Açores, que "é de 97 casos por 100 mil habitantes".