Madeira

“Eu próprio nunca servi a Igreja como instituição porque não merece”

São palavras duras que o padre Martins Junior deixa que na última eucaristia que acontece hoje na igreja paroquial de Nossa Senhora do Amparo na Ribeira Seca.

O sacerdote diz que num ele próprio “nunca servi a igreja como instituição porque não merece”. Num balanço aos 53 anos relembrou as datas marcadas do adro que não são mais do que marcos de luta, desde a ocupação exercida pela forças da 70 polícias durante 18 dias “sem mandato judicial”.

Um acto que “nem na época medieval ou no Irão é concebivel”, recordou, não esquecendo a suspensão ‘a divinis’ pelo então bispo D. Francisco Santana.

“Que respeito merecem. Eu servi o povo”, reforçou há momentos antes da sua entrada no tempo onde o aguardavam os fiéis, um deles o presidente da Câmara de Santa Cruz, Filipe Sousa.

“Esta igreja como está não merece que a sirva. O Papa é excepção mas coitado também tem inimigos no Vaticano”, observou em jeito de denúncia dizendo-se “descrente” e não amargurado.

E continuou nos reparos à igreja: “Esta igreja é anti-cristica e anti-evangélica e o Vaticano é o muro da vergonha que esconde da verdadeira face de Jesus Cristo”, expressou ainda o sacerdote