Madeira

Albuquerque pede “fundo de compensação” aos lesados do BANIF

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Foto VH

“Acho extraordinário como não se pode pagar aos lesados [do Banif] porque desde que começou esta baralhada, o Estado já meteu mais de 25 mil milhões de euros nos bancos”. Foi esta reacção que o presidente do Governo Regional criticou a forma como António Costa está a gerir o dossier.

O governante madeirense comentava, desta maneira, a notícia do DIÁRIO na qual avança hoje na edição impressa que a lista de credores reconhecidos do Banif, no âmbito do processo de liquidação do banco, vai além de 3.500 instituições e pessoas individuais.

Entre elas, contam-se muitos madeirenses, que vão de entidades públicas a particulares, passando por instituições da igreja e do sector social. Nenhuma, das madeirenses, vai recuperar os créditos, pelo menos no âmbito do processo de insolvência. A esperança é que seja criado um mecanismo, na linha do que aconteceu com a resolução do BES, que permita aos credores recuperarem parte do dinheiro.

Aos mais de 3.500 credores, madeirenses, açorianos e de outras proveniências, foram reconhecidos créditos no valor de praticamente 950 milhões de euros. Destes, 489 milhões são titulados pelo Fundo de Resolução Bancária, por os ter gasto em 2015, quando foi decidida a resolução do Banif. É um crédito privilegiado, o que significa que tem prioridade em ficar com o dinheiro que houver para pagar aos credores.

“Há anos que andam a jogar para o lado e era bom haver, dentro da legalidade, um fundo de compensação de pessoas que tinham lá o dinheiro todo”, lembrou, mostrando-se solidário com casos “verdadeiramente dramáticos”, classificou. Para esses, frisou, “temos de encontrar uma solução”.

As declarações foram proferidas há pouco durante a visita ao cais e rampa varadoura do Porto que sofreu melhoramentos.