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Pentágono diz que balão chinês continua a sobrevoar os EUA

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O Departamento de Defesa norte-americano (Pentágono) informou hoje que o "balão espião" chinês continua a sobrevoar os EUA e que se desloca na direção leste, depois de ter sido avistado, na quinta-feira, sobre o estado de Montana.

O porta-voz do Pentágono, general Pat Ryder, explicou que o balão está a 6.000 pés da superfície (1.828 metros), sobrevoando a região central dos Estados Unidos da América (EUA).

"O balão mudou a sua trajetória", acrescentou Ryder, sem querer entrar em pormenores sobre a localização exata, observando que "provavelmente" sobrevoará o país durante mais "alguns dias".

O porta-voz do Pentágono explicou que o dirigível é "manobrável" e que sob o seu dispositivo de vigilância possui um grande espaço de carga, cujo conteúdo não especificou.

Embora as Forças Armadas norte-americanas tenham concluído que, neste momento, o balão não representa uma ameaça, Pat Ryder sublinhou que o Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD) está a seguir os seus movimentos "de perto".

"Os comandantes militares avaliaram que não há ameaça física ou militar para as pessoas na superfície", observou o general, pelo que as autoridades decidiram não destruir o aparelho.

Ryder insistiu que se trata de um aparelho de "vigilância" e não, como a China disse, um aparelho "civil usado para fins de investigação meteorológica".

Na quinta-feira, os EUA tinham confirmado que o dispositivo estava a sobrevoar o estado de Montana, no noroeste dos EUA, onde se localiza um dos três campos de silos de mísseis nucleares, na base da Força Aérea de Malmstrom.

Os outros dois campos de silos de mísseis nucleares estão localizados em dois estados que fazem fronteira com Montana: Dakota do Norte, a leste, e Wyoming, a sul.

Na sequência deste caso, os EUA adiaram uma visita à China do seu chefe da diplomacia, Antony Blinken.

Blinken deveria visitar Pequim no domingo e na segunda-feira, e tinha na agenda um encontro com o Presidente chinês, Xi Jinping, segundo noticiou hoje o jornal britânico Finantial Times.