Comandante de Hugo Abreu julgado por falsificação de provas

Hugo Abreu faleceu na sequência de um golpe de calor, Foto Dr

O antigo Comandante do Regimento de Comandos, Dores Moreira, vai ser julgado por forjar o regulamento da prova zero depois da morte de recrutas, em 2016, um deles o madeirense Hugo Abreu que faleceu aos 20 anos na sequência de um golpe de calor.

A notícia foi avançada pela TVI, que refere que no auto intitulado guião havia "instruções para dar cinco cantis de água a recrutas aflitos, só que perícias informáticas e oito testemunhas militares indiciam que o regulamento afinal foi forjado depois da tragédia”.

Segundo a mesma fonte, o juiz Carlos Alexandre pronunciou o antigo comandante do Regimento de Comandos e Raúl Pinto, seu subordinado, para serem julgados por um crime de falsificação de documentos.

Na mesma notícia, explicam que o crime de falsificação de documentos é punível por parte de quem está investido de funções públicas é punível com prisão até cinco anos”.

Tal como o DIÁRIO noticiou na altura, Hugo Abreu era natural do Campanário e faleceu com apenas 20 anos. O jovem encontrava-se a frequentar o curso de Comandos e acabou por não resistir a um ‘golpe de calor’.

O Exército Português informou a agência Lusa de que os treinos decorriam na zona de Alcochete, no distrito de Setúbal, e que se referiam ao 127º curso de Comandos. Segundo a nota, o jovem sentiu-se “indisposto durante uma prova de tiro (tiro reactivo) e foi imediatamente assistido pelo médico que acompanhava a instrução.

O militar saiu da instrução, pelas 15h40, e foi encaminhado para a enfermaria de campanha, onde permaneceu sob observação. Após o jantar o jovem não apresentava sinais de melhoras e o médico requereu a sua transferência para o hospital. No entanto, antes do transporte para a unidade de saúde, sofreu uma paragem cardiorespiratória e acabou por falecer.

Hugo Abreu tinha viajado para Lisboa há cerca de 3 meses, uma vez que não conseguia encontrar emprego na Região, confirmou ao DIÁRIO o presidente da Junta de Freguesia do Campanário, João Baptista Silva. O jovem, que vivia com uma avó, acabou por ingressar na carreira militar, após a sua viagem para o continente.