Iniciativa do Governo Regional com a criação da Direcção das Políticas de Longevidade elogiada em evento nacional
“Caso Único em Portugal” foi assim que o Jornal Expresso, considerou a criação do organismo público regional, dedicado exclusivamente aos desafios da Longevidade e do envelhecimento saudável, uma iniciativa do Governo Regional através da criação Direcção Regional para as Políticas Públicas Integradas e Longevidade (DRPPIL), liderada por Ana Clara Silva.
Na conferência promovida pelo Expresso, que se realizou no passado dia 30 de Janeiro, sob o tema 'O que é preciso mudar nas cidades', teve no cerne do debate questões como: proporcionar mais qualidade de vida às pessoas menos jovens, perante a evidência de uma população portuguesa mais envelhecida, provendo os centros urbanos de condições ideais ao nível da acessibilidade, da mobilidade, da habitação, da inclusão, da disponibilidade de produtos e dos serviços, foram alguns dos temas abordados.
Questionada sobre o principal desafio da Longevidade, Ana Clara Silva destaca a necessidade da mudança de mentalidade, a forma como se olha para a Longevidade, um fenómeno que é expressivo nas sociedades actuais e que obriga a uma intervenção pujante, apelativa para que todos o compreendam e, se comprometam: “todos somos poucos para fazer aquilo que queremos fazer, viver com qualidade e de uma forma saudável e participativa.”
Ana Clara Silva sublinhou ainda a importância de criar uma Estratégia Regional para o Ecossistema da Longevidade que será o chapéu de desenvolvimento de várias iniciativas como a elaboração do Mapa Cognitivo Coletivo da Longevidade, uma ferramenta estratégica que vai possibilitar a representação gráfica de ideias e conceitos sobre a Longevidade, o que vai contribuir para um melhor enquadramento das acções promotoras da literacia para a Longevidade, as quais devem promover a intergeracionalidade e o empenho de todos na construção ambientes favoráveis e estimulantes para todas as idades.
Não obstante, destacar a importância da protecção dos mais vulneráveis, dos que precisam de uma intervenção assistida no seu processo de envelhecimento, numa região heterogénea, em que o índice de longevidade é mais elevado nas Regiões Norte da ilha da Madeira, quando comparado com as regiões litorais, a directora regional considera a Longevidade como o maior activo no presente, podendo representar uma oportunidade extraordinária para criar um ecossistema económico e social sustentável, com todos os agentes económicos e sociais a participar para este desígnio da Longevidade positiva.
Defende ainda “uma governança integrada da longevidade, assente na cooperação multissectorial, transversal aos vários departamentos governativos, que identifique os parceiros locais, iniciativas, agentes, utilizadores e beneficiários, esbatendo redundâncias, fortalecendo a conectividade entre sistemas e organizações e chamando todos à acção”, disse.