Madeira

Confiança refuta acusação de "chantagem política"

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Na sequência das declarações do presidente da Câmara Municipal do Funchal, Pedro Calado, após a reunião semanal do executivo, onde acusa a' Confiança' de “chantagem política”, por ter votado favoravelmente à atribuição de benefícios fiscais para um imóvel reabilitado na Rua de Santa Maria, a equipa da 'Confiança' refuta "totalmente as afirmações, lamentando que o comportamento agressivo do edil tolde a sua serenidade e o foco na solução dos problemas", refere nota enviada.

A equipa da Confiança pauta o seu trabalho autárquico com seriedade e coerência, votando a favor das propostas que respeitem a legalidade e beneficiam toda a comunidade, e votando contra ou abstendo-se sempre que as propostas levantem dúvidas ou sejam lesivas para a cidade do Funchal, apresentando sempre, por escrito, os motivos que não permitem o voto favorável. 'Confiança'.

Em nota enviada, a 'Confiança' refere que, neste caso, é importante lembrar que "os benefícios fiscais aprovados por unanimidade foram atribuídos à reabilitação de um prédio incluído na primeira Área de Reabilitação Urbana da Madeira, criada em 2015 no Centro Histórico da Cidade, com um quadro bem definido incentivos à Reabilitação do edificado onde, à data, acumulavam-se os prédios devolutos e degradados, reflexo do abandono a que PSD votou o centro do Funchal".

O voto favorável da 'Confiança' representa a coerência com as políticas pioneiras de reabilitação urbana encetada em 2014, cujos frutos estão à vista de todos os que circulam pela cidade". 'Confiança'.

Assim, o "sentido de voto da Confiança não belisca em nada, o papel de oposição que desempenha, com a denúncia das práticas pouco transparentes que regressaram com o PSD à gestão urbanística da cidade do Funchal", refere.

A coligação acrescenta ainda que “como evidências da promoção da especulação imobiliária, verificam-se com as aprovações de andares a mais do que o permitido no PDM a alguns empreendimentos, com as alterações cirúrgicas aos alinhamentos que suprimem as cedências ao espaço público à revelia do definido na planta da Cidade e com a anunciada suspensão do Plano Director Municipal que por um lado permitirá afectar mais área às grandes superfícies comerciais subtraindo-as à habitação e por outro rasgará a obrigação de elaboração de um Plano de Pormenor da Praia Formosa”.

A concluir, os vereadores da ‘Confiança’ afirmam continuar a “honrar o compromisso estabelecido com a população do Funchal, mantendo a proximidade com os munícipes, apresentado propostas exequíveis que visem a melhoria da qualidade de vida dos funchalenses, fiscalizar a acção do executivo de forma a garantir a salvaguarda do interesse público e a promoção do bem-comum”.

Se o actual presidente interpreta o cumprimento desta missão de serviço público como “chantagem política”, a Confiança chama-lhe trabalho que, apesar de causar incómodo ao edil, será para manter até ao final do mandato. 'Confiança'.