Madeira

PCP afirma que "as populações das Zonas Altas sabem que só pela luta é que se conquistam direitos"

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O PCP realizou mais uma iniciativa integrada nas várias acções de contacto feitas na Região sobre as dificuldades vividas pelas populações das Zonas Altas, tendo na manhã desta sexta-feira, 3 de Fevereiro, no Caminho do Calhau, na freguesia de São Roque, no Funchal, valorizado o processo de luta de quem vive nesta localidade.

Herlanda Amado, porta-voz desta iniciativa disse que "durante décadas as populações da antiga Vereda do Calhau, participaram nas sessões públicas da Câmara Municipal do Funchal e dinamizaram vários abaixo-assinados, e passadas décadas de luta, conquistaram o direito a um acesso seguro e que garante condições de acessibilidade a quem aqui vive".

Foram precisos muitos anos até que este Caminho fosse uma realidade. Os vários executivos que de forma alternada passaram pela Câmara do Funchal, sempre prometeram, mas as pessoas nunca desanimaram e mesmo que lentamente o processo fosse tendo altos e baixos, mesmo que tendo avançado “a passo de tartaruga”, a verdade é que hoje é uma realidade. PS, PSD e CDS, tiveram uma intervenção neste processo de luta, foram um travão durante anos impossibilitando que o desenvolvimento chegasse a esta localidade, mas quando preciso anunciar com pompa e circunstância que a obra iria avançar. Lá estava o PS quando foi feita a inauguração do Caminho, lá estavam o PSD-CDS para o “corte da fita”, esquecendo-se que as pessoas foram as principais lutadoras e, mesmo com percalços ao longo do processo de luta, nunca desistiram e hoje é uma realidade. Herlanda Amado.

A porta-voz da iniciativa deu exemplos de "processos longos de luta estão espalhados pela Região em que as populações, em conjunto com o PCP, com a apresentação de propostas nos órgãos próprios, hoje são uma realidade, tendo permitido o desenvolvimento social e humano destas localidades. Assim é no Caminho do Calhau ou no Caminho Eleutério de Aguiar, no Funchal; assim é no Caminho da Caldeira em Câmara de Lobos; assim é no Caminho do Salão ou no Caminho da Cova em Santa Cruz".

Ao longo desta semana, o PCP denunciou as dificuldades enfrentadas por milhares de pessoas que residem nas chamadas Zonas Altas, "mas todos os processos de luta podem terminar com casos de sucesso, como os que foram identificados".

Herlanda Amado destacou ainda as "desigualdades sociais" as condições de vida de quem vive nas Zonas Altas.

Sendo verdade que ainda existem nas Zonas Altas, em zonas de difícil acesso e acessos onde somam-se as desigualdades sociais e agravam-se as condições de vida de quem anseia pela solução dos seus problemas, os exemplos dados têm que ser vistos como exemplos de que só com a intervenção persistente das populações, em conjunto com as propostas coerentes e consistentes do PCP, é possível alcançar conquistas muitas vezes inimagináveis, até para quem por elas lutava. As resistências dos governantes são vencidas não pelo cansaço, mas pela luta persistente! Herlanda Amado.

"A luta foi e será sempre o caminho, e as populações das Zonas Altas da Região reconhecem nas nossas propostas a força e a coerência quem não abandona as justas lutas, e confiam que juntos continuaremos a combater os poderes instalados que fazem com que o desenvolvimento social e territorial não tenha ainda chegado a todos os madeirenses", conclui.