Madeira

Luís Miguel Sousa garante nada saber sobre a saída de Eduardo Jesus do governo

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Sérgio Gonçalves fez as primeiras perguntas ao presidente do Grupo Sousa, recordando as declarações de Sérgio Marques, ex-deputado do PSD que afirmou que "houve grupos económicos" beneficiados, referindo-se directamente a Luís Miguel Sousa e também o questionou sobre a saída de Eduardo Jesus do Governo Regional, em 2017, quando tinha a pasta da Economia.

O presidente do Grupo Sousa, que está a ser ouvido na comissão de inquérito, começou por garantir que não faz "a mínima ideia" das razões que levaram à saída de Eduardo Jesus.

Sobre a operação no Porto do Caniçal, recordou que a decisão do governo regional, de revogar a concessão, não tornava o porto inoperacional, uma vez que a OPM continuaria a operar até haver um concurso. A decisão de optar por um regime de licenciamento, lembra, foi tomada pelo Executivo de Miguel Albuquerque, "reforçada" pelas decisões do parlamento.

Luís Miguel Sousa também referiu que, sobre a entrada de outros operadores portuários, terá recebido informações de outros grupos, do continente, que terão sido contactados mas não manifestaram interesse, uma vez que tem pouca dimensão.

O Porto do Caniçal, refere o presidente do grupo que também integra uma empresa de operação portuária, opera "dois dias por semana" e obrigaria a manter equipamentos e pessoal parados durante uma semana.

Sobre os custos da operação no Porto do Caniçal, garante que é das mais baratas entre os 11 portos portugueses, ficando em 7º e 8º lugar, tanto no preço de contentores cheios, como vazios ou transporte de viaturas.

Luís Miguel Sousa não comenta as "opções políticas", mas assegura que as suas acções são para defender a operação no porto e os postos de trabalho.