Altas problemáticas “é um problema que temos que enfrentar”
Albuquerque dúvida que na Madeira as altas sejam 10 vezes mais problemáticas do que no continente
O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, dúvida que a taxa de utentes abandonados em camas de hospitais na Região seja de 62,2 por mil habitantes, quando no continente é de 6,7. Na prática significa dizer que as altas na Madeira são 10 vezes mais problemáticas do que no continente.
“Não sei se é”, começou por ser a resposta do presidente, ao ser confrontado com a notícia que faz manchete na edição impressa do DIÁRIO de Notícias da Madeira desta terça-feira, 28 de Fevereiro.
Assume porém que as altas problemáticas “é um problema que temos que enfrentar”, para destacar que “as altas problemáticas derivam, em primeiro lugar, de uma situação que decorre das pessoas viverem muito mais anos na Região e terem cuidados médicos na Região”.
Para Miguel Albuquerque, “o grande problema” desta realidade é o custo que representa em unidade hospitalar, ao dar conta que “um doente em alta problemática no hospital custa 316 euros por dia, e numa IPSS, custa 74,70 euros”. Feito o esclarecimento, reiterou que a ideia do seu governo “é até [20]26 termos mais 679 camas nas altas problemáticas e é com base nisso que estamos a avançar com os investimentos do PRR”, sustentou.
Ainda assim admite que esse reforço na oferta de camas para altas problemáticas só “vai dar para resolver uma parte” do problema. Problema que no seu entender está em parte empolado por aquilo que considera, “não são altas problemáticas”. Dá o exemplo dos casos em que “a família deixa o familiar no hospital sem nenhum motivo”. Para Albuquerque, “altas problemáticas são pessoas que têm uma dependência muito acentuada” para considerar que não é o mais correcto equiparar neste contingente os casos em que “a pessoa é abandonada no hospital pela família quando tem alta”.