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Primeira-dama norte-americana apela a países ricos para que ajudem Corno de África

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A primeira-dama dos Estados Unidos apelou hoje às nações mais ricas para apoiarem mais os países do Corno de África, território que está a viver a sua pior seca em quatro décadas, durante uma visita às comunidades afetadas no Quénia.

Os EUA financiaram a maior parte da ajuda para fazer face à catástrofe climática, que levou à morte de milhões de cabeças de gado e à destruição de culturas.

"Não podemos estar sós. Precisamos que outros países se juntem a nós neste esforço global para ajudar as pessoas da região", disse Jill Biden, num ponto de distribuição de ajuda em Kajiado, a sul de Nairobi.

"Sabemos que há a guerra na Ucrânia. Há o terramoto na Turquia. Há muitos interesses em conflito, mas obviamente aqui... as pessoas estão a passar fome", disse ela.

A mulher do Presidente norte-americano, que no início desta semana visitou a Namíbia, ouviu os pais que lutam para alimentar os seus filhos e as comunidades incapazes de obter água.

A seca foi um dos principais temas da visita primeira-dama a África, juntamente com a segurança alimentar e a agricultura.

O Corno de África é uma das regiões mais vulneráveis às alterações climáticas, com as crises a tornarem-se mais frequentes e intensas.

De acordo com Centro de Previsões e Aplicações Meteorológicas e a Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (AIGD), um bloco comercial de oito países da África Oriental e que inclui os governos do Corno de África, Vale do Nilo e dos Grandes Lagos, as condições atuais são piores do que antes da seca de 2011, o que levou à fome e à morte de milhares de pessoas.

A AIGD e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) calculam que 23 milhões de pessoas já estão "gravemente inseguras em termos alimentares" no Quénia, Etiópia e Somália.

A África tornou-se um campo de batalha diplomático após a ofensiva da Rússia na Ucrânia no ano passado. A visita de Jill Biden foi a primeira de um alto funcionário da Casa Branca ao continente desde que o marido tomou posse em janeiro de 2021.

Na Namíbia, Joe Biden disse que os EUA estavam empenhados em ajudar as nações africanas a terem uma voz mais forte na ONU e noutros organismos internacionais.