Pelo menos 30 mortos em naufrágio ao largo de Itália
Pelo menos 30 pessoas morreram quando um barco com migrantes se afundou ao largo da costa da região italiana da Calábria, no sul do país, noticiou hoje a agência italiana Ansa.
Alguns dos corpos foram encontrados na praia e outros recolhidos do mar, mas as equipas de socorro continuavam as buscas para tentar detetar outros náufragos, segundo a Ansa.
O balanço provisório começou por ser de 12 mortos, mas rapidamente aumentou à medida que as equipas de socorro iam encontrando corpos dos migrantes, podendo ainda ser mais elevado.
Citando fontes portuárias não identificadas, a televisão italiana RAI disse que o navio transportava mais de 100 migrantes quando se deparou com problemas de madrugada.
A RAI disse que navios da guarda costeira, da polícia de fronteira e dos bombeiros estavam envolvidos nos esforços de salvamento.
Cerca de 40 sobreviventes foram encontrados, disse Luca Cari, um porta-voz dos bombeiros envolvidos nos esforços de salvamento, citado pela agência norte-americana AP.
"Neste momento, há várias vítimas", disse o porta-voz, sem especificar o número de mortos.
As autoridades não adiantaram a provável nacionalidade dos migrantes, nem de onde terá zarpado o navio, mas os barcos de migrantes que chegam à Calábria costumam partir das costas turcas ou egípcias.
O barco estava completamente sobrecarregado e acabou por naufragar nas águas de Steccato di Cutro, disseram fontes da guarda costeira ao jornal La Repubblica, citado pela agência espanhola Europa Press.
Mais de 7.700 migrantes desembarcaram na costa de Itália desde o início do ano, em comparação com as 4.263 que chegaram no mesmo período do ano anterior.
Face ao aumento de chegadas, o parlamento italiano aprovou um decreto do Governo, em 14 de fevereiro, que obriga uma organização a solicitar o desembarque de migrantes imediatamente após um resgate e atribui portos distantes para desembarcar os resgatados.
A nova legislação foi criticada por organizações não-governamentais envolvidas no socorro a migrantes no Mediterrâneo, bem como pela ONU e pelo Conselho da Europa.