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Marcelo condecora Vítor Agostinho nos 140 anos da Voz do Operário

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O Presidente da República condecorou hoje Vítor Gonçalves, vice-presidente da Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário, com o grau de comendador da Ordem do Mérito.

A condecoração foi entregue por Marcelo Rebelo de Sousa na cerimónia dos 140 anos daquela instituição, que decorreu hoje na sede, em Lisboa, durante a qual Vítor Agostinho foi homenageado por uma vida ligada ao associativismo e à Voz do Operário, e tornado sócio honorário.

"Se é verdade que o coletivo é fundamental, não há coletivo se não houver o empenhamento de cada um e de cada uma nesse coletivo. Daí a gratidão a Vítor Agostinho, à sua vida, aqui recordada, à sua dedicação, à dedicação como cidadão, à dedicação como militante partidário, mas sobretudo à sua dedicação como trabalhador, dirigente e responsável associativo", afirmou o Presidente da República.

O chefe de Estado apontou que esse mérito "deve ser reconhecido": "O mérito do cidadão, o mérito do militante, o mérito do trabalhador, o mérito do dirigente associativo, o mérito do homem, porque ele, além disso tudo, é quem é e como é, e só é excecional em tudo o resto por ser como é como pessoa ao serviço dos outros".

"E é por isso, porque é preciso reconhecer esse mérito, que lhe vou entregar a Ordem de Mérito com que decidi condecorá-lo neste momento tão especial para a Voz do Operário e para todos nós", indicou.

Vítor Agostinho foi presidente da direção e diretor-geral da Voz do Operário até outubro do ano passado. Atualmente é vice-presidente da instituição.

Dirigente do PCP, foi candidato da CDU à Junta de Freguesia de São Vicente, em Lisboa, sendo membro da Assembleia de Freguesia.

Marcelo Rebelo de Sousa manifestou a sua gratidão a Vítor Agostinho e à Voz do Operário.

"É uma gratidão pelo passado, mas pelo presente e pelo futuro. porque hoje há razões também para essa luta. Vivemos um tempo que é um tempo de guerra, um tempo de inflação, um tempo de crise, um tempo em que aqueles que mais sofrem, que menos têm, veem agravadas sistemática e drasticamente as suas condições de vida, e de luta no futuro na procura de um Portugal melhor", salientou.

O Presidente da República manifestou também "gratidão à Voz do Operário por uma luta de 140 anos", lembrando que homenageou a associação há quatro anos.

"Gratidão pela sua luta no final do século XIX, durante e no termo na Monarquia Constitucional existente, gratidão pela sua luta durante a primeira República, gratidão em especial pela sua luta durante a ditadura, gratidão pela sua luta na segunda República em democracia, sempre pelos mesmos ideais: liberdade, fraternidade, a democracia, a igualdade, uma visão avançada e humana da democracia e o papel fundamental da educação, da formação, da cultura, da solidariedade nesse caminho e nessa luta", elencou.

Marcelo Rebelo de Sousa apontou que está "não será a última" vez que está na Voz do Operário e disse esperar que da próxima vez possa ser "acompanhado por um membro do Governo, o que não tem acontecido no passado nem no presente".