PS defende gratuitidade dos manuais, do transportes e da alimentação na escolaridade obrigatória
O Grupo Parlamentar do Partido Socialista da Madeira defendeu, hoje, a gratuitidade dos manuais, do transportes e da alimentação para todos os alunos do ensino público dentro da escolaridade obrigatória. Uma medida que tem em vista apoiar as famílias, particularmente a classe média que tem vindo a perder poder de compra.
Em conferência de imprensa realizada esta manhã junto à Secretaria Regional da Educação, Ciência e Tecnologia, o líder parlamentar do PS apontou que o Governo Regional "não tem cumprido grande parte das promessas que constavam do seu programa" e acusa o executivo madeirense de, agora, no último ano de mandato apresentar um conjunto de medidas “avulso” e de “caça ao voto”. Rui Caetano deu como exemplo a gratuitidade dos manuais escolares para os alunos do primeiro ciclo, referindo que é uma medida que “peca por tardia”, que deveria ter sido implementada desde o início do mandato e que deveria abranger não apenas os estudantes deste ciclo, mas todos os alunos do ensino público da Região.
Conforme afirmou, tendo em conta a perda de poder de compra da classe média, que faz com que esta tenha dificuldades para adquirir ou arrendar casa e para pagar os estudos dos seus filhos, além da gratuitidade dos manuais, o Executivo deveria garantir igualmente a gratuitidade dos transportes públicos e das refeições nas cantinas escolares: “O Governo Regional arrecada mais de 1.000 milhões de euros de receita de impostos dos madeirenses. Tem dinheiro mais do que suficiente para implementar estas medidas”.
O dirigente socialista referiu ainda que existem cerca de 8 mil jovens que não estão a estudar nem a trabalhar e que aproximadamente 40% dos jovens que frequentam o ensino profissional abandonam os respectivos cursos. Apontou igualmente que na última década cerca de 17 mil madeirenses, entre os quais muitos jovens, foram obrigados a emigrar para terem emprego e poderem sustentar as suas famílias e criticou o Executivo por se limitar a dizer que resolve o problema da falta de mão de obra com a imigração. “É preciso recorrer à imigração quando o modelo de desenvolvimento deste Governo Regional cria a emigração?”, perguntou.
Rui Caetano aproveitou a ocasião para questionar o secretário da Educação em relação à fusão e ao encerramento de escolas. “Será que em ano de eleições não haverá encerramento nem fusão de escolas? Ou em ano de eleições [o secretário] vai dialogar com as câmaras, com as juntas de freguesia para negociar e chegar a um acordo em relação a esta questão?», indagou.
O líder parlamentar socialista criticou o modelo de desenvolvimento, rematando que “não são medidas eleitoralistas e de fim de mandato que vêm resolver os problemas da Região Autónoma da Madeira”.