Marcelo recusa comentar notícia de que Medina será arguido
O Presidente da República recusou hoje comentar a notícia de que o ministro das Finanças, Fernando Medina, irá ser constituído arguido, afirmando não fazer sentido opinar sobre "anúncios de investigações judiciais".
"Eu não gosto de comentar investigações judiciais específicas, menos ainda anúncios de investigações judiciais. Se já é insólito estar a comentar um processo que está a decorrer, é mais insólito estar a comentar 'olhe, parece que vai haver, ou temos a certeza de que vai haver, ou há de acontecer um destes dias um processo nestes termos'. Não faz sentido estar a comentar", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
O chefe de Estado falava aos jornalistas no Picadeiro Real, em Lisboa, pouco depois de ter recebido a Força Operacional Conjunta (FOCON), que esteve em missão na Turquia.
A TVI noticiou na segunda-feira que Fernando Medina iria ser constituído arguido, após ter sido denunciado pelo 'histórico' do PS Joaquim Morão, ex-autarca em Idanha-a-Nova e Castelo Branco, por alegado envolvimento no processo de consulta do contrato celebrado entre a Câmara Municipal de Lisboa (CML) e a sociedade JLD Consultoria, Unipessoal, Lda., do ex-autarca.
Numa declaração escrita enviada às redações na segunda-feira à noite, o ministro das Finanças negou qualquer envolvimento em consultas para a contratação de Joaquim Morão: "Não tenho conhecimento de quaisquer alegações que, a existirem, são totalmente falsas".
Na terça-feira, numa nota enviada à agência Lusa, Joaquim Morão afirmou que a empresa da qual é sócio celebrou um ajuste direto com a Câmara de Lisboa e negou o teor das declarações veiculadas pela TVI/CNN.
"Confirmo as declarações públicas do Dr. Fernando Medina, de que entre a Câmara Municipal de Lisboa e a empresa de que sou sócio foi celebrado um ajuste direto, porque é a verdade", referiu Joaquim Morão.