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Ataque israelita na Cisjordânia causa seis mortes e dezenas de feridos

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Foto Shutterstock

Pelo menos seis pessoas morreram e dezenas de outras ficaram feridas num raide militar israelita na Cisjordânia ocupada, entre eles um homem de 72 anos, indicaram hoje fontes sanitárias palestinianas.

O ataque, que segundo o Ministério da Saúde palestiniano provocou também pelo menos 25 feridos, ocorreu em Nablus, no norte da Cisjordânia, palco frequente de atividade militar israelita.

O ataque de hoje constitui um dos incidentes mais mortíferos em mais de um ano na Cisjordânia e em Jerusalém Leste, dando margem para um nova intensificação do conflito.

O exército israelita indicou que estava a realizar operações em Nablus, mas não avançou com mais informações.

Imagens de vídeos amadores aparentam mostrar tropas israelitas a operar no centro de Nablus, com veículos do exército a disparar bombas de gás lacrimogéneo.

Pelo menos 51 palestinianos foram mortos na Cisjordânia e no leste de Jerusalém desde o início de 2023. 

No ano passado, quase 150 palestinianos foram mortos na Cisjordânia e no leste de Jerusalém, tornando-se o ano mais mortal nessas áreas desde 2004, segundo dados pelo grupo israelita de direitos humanos B'Tselem.

Israel disse que muitos dos mortos são ativistas palestinianos, mas outras fontes adiantam que entre as vítimas estão também jovens que protestavam contra as incursões israelitas e outras pessoas não envolvidas nos confrontos.

Israel sustenta que os ataques militares têm como objetivo desmantelar redes de ativistas palestinianos e impedir futuros ataques.

Os palestinianos, por seu lado, veem os ataques como mais uma forma de Israel impor uma ocupação que dura há 55 anos.

 Israel anexou a Cisjordânia, Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza na guerra de 1967 no Oriente Médio, territórios que os palestinianos procuram recuperar para constituir o desejado Estado independente.