Governo moçambicano decreta alerta vermelho para acudir às cheias com maior agilidade
O Conselho de Ministros moçambicano decretou ontem o estado de alerta vermelho para acudir com maior agilidade às cheias que estão a afetar o país.
"Com o alerta vermelho abre-se espaço para que, com muito maior flexibilidade e simplificação de procedimentos, o Governo possa lançar mão a mecanismos para minimizar o sofrimento", referiu Filimão Suze, porta-voz do Conselho de Ministros.
Aquele responsável apontou como exemplo a possibilidade de requisição civil, entre outras formas de ação para prontamente "envolver mais meios e pessoas" em operações de resgate.
Segundo o balanço atualizado hoje apresentado, subiu para 95 o número de mortes na época chuvosa (desde outubro e até abril), total que contabiliza já 11 óbitos nas cheias registadas entre 07 e 20 de fevereiro no sul do país.
Estas cheias que afetaram especialmente a região de Maputo causaram prejuízos a 43.500 pessoas, fazendo subir para 100.000 o total de afetados desde o início da época das chuvas.
Entretanto, vários membros do Governo foram hoje destacados para liderar brigadas nas diferentes províncias, precavendo operações que sejam necessárias para enfrentar o ciclone Freddy, que hoje se abateu sobre Madagáscar e que deverá atingir as províncias de Sofala e Inhambane na noite de quinta para sexta-feira.
Ainda é incerta a força com que a intempérie chegará ao país e se terá a classificação de ciclone ou de tempestade tropical, mas as previsões convergem na antevisão de chuva muito intensa para sexta-feira e dias seguintes no interior centro-sul do país.