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PIB da OCDE cresce 2,9% em 2022, contra 5,7% em 2021

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O Produto Interno Bruto (PIB) na OCDE cresceu 2,9% em 2022, uma taxa inferior à de 2021 (5,7%), mas superior aos níveis imediatamente anteriores à pandemia, uma vez que em 2019 a taxa foi de 1,9%.

O crescimento abrandou especialmente no último trimestre do ano em toda a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico), designadamente 0,3% face aos três meses anteriores, de acordo com as últimas estimativas provisórias da organização que reúne as economias mais avançadas do mundo, reveladas hoje num comunicado.

Este valor inclui o abrandamento das economias dos países do G7, num contexto de elevada inflação e subida das taxas de juro.

Para estes países, que já publicaram estimativas detalhadas dos PIB, o avanço foi de 0,4% nos últimos meses do ano, comparado com 0,5% no trimestre anterior, e entre os sete Estados, a Alemanha e a Itália registaram taxas negativas (-0,2% e -0,1% respetivamente).

Também houve um acentuado abrandamento em França, Canadá e Estados Unidos, mas as taxas de crescimento económico mantiveram-se em terreno positivo.

Neste grupo, "os movimentos voláteis do mercado internacional continuaram a ter um efeito substancial", nota a organização, que destaca o caso do Reino Unido, para o qual as exportações líquidas representaram uma queda de 0,8 pontos do PIB, em comparação com o aumento de 3,7 pontos no terceiro trimestre.

De facto, tanto o Reino Unido como a União Europeia no seu conjunto tiveram um crescimento nulo no quarto trimestre de 2022, embora a zona euro tenha crescido 0,1%.

Entre os números divulgados hoje, a OCDE salientou também que, na última parte do ano, os efeitos da guerra na Ucrânia continuaram muito presentes, especialmente nos países mais próximos do conflito.

Destes, a Polónia teve a maior contração de todos os Estados membros no período final de 2022, com um declínio de 2,4% do PIB.

O maior crescimento anual do PIB em 2022 - entre os países da OCDE para os quais já foram publicados números detalhados - foi na Irlanda, com 12,2%, enquanto a Letónia teve o mais baixo (1,5%).