Meios de Comunicação Social defendem reajustamentos ao Programa MEDIARAM
Mesa-redonda sobre o futuro da Comunicação Social na Região, dinamizada no âmbito do “Compromisso 2030”
A necessidade de reajustar o Programa de Apoio MEDIARAM aos novos tempos e às boas práticas em vigor, tornando-o simultaneamente mais abrangente e integrador de novas exigências e dinâmicas, mais flexível em circunstâncias especificas (como foi o caso recente da pandemia COVID-19), mais eficaz na valorização dos conteúdos e mais colaborante quanto ao combate às Fake News e outros fenómenos de desinformação foi uma das ideias que hoje reuniu consenso alargado durante a mesa-redonda sobre o futuro da Comunicação Social na Região, dinamizada no âmbito do “Compromisso 2030”, dentro da temática “Cultura, Património e Media” que é coordenada por Teresa Gonçalves Lobo, com moderação de Virgílio Nóbrega, juntando os representantes dos diferentes órgãos de comunicação social regional.
Uma revisão que se impõe para o futuro à luz das exigências atuais e da própria evolução entretanto registada nos meios de comunicação social, evolução essa que, hoje, não se compadece ou esgota na base original deste Programa de Apoio – criado num contexto especifico, assente no apoio à produção e à manutenção dos postos de trabalho – e exige um modelo mais aberto e complementar a estas duas premissas que envolva, entre outras áreas, apoios efetivos à inovação, digitalização e qualificação dos conteúdos, bem como apoios ao combate à iliteracia geral e mediática, à infoexclusão e à progressiva promoção da internacionalização dos meios. E isto, conforme sublinharam os participantes, na medida em que é fundamental garantir que os meios de comunicação social continuem a cumprir a sua função a favor da população e da democracia, entendida como um todo, reforçando a sua marca e diferenciação num mundo que caminha para a robotização.
Paralelamente – e pese embora a resistência do papel – houve também espaço, durante esta reunião, para reiterar a tendência que se faz sentir pelo online na Madeira, sendo essa a aposta de futuro à qual os diferentes meios de comunicação estão já a corresponder, com vários projetos em curso e a lançar que visam, precisamente, a afirmação desta componente multimédia e multicanal.
O combate à pirataria, ao plágio e a todos os ataques à propriedade intelectual, a falta de recursos humanos nalgumas áreas, as regras que devem nortear a publicidade institucional, a importância dos arquivos e respetiva preservação – com exemplos claros daquela que é, hoje, a disponibilização destes à população – a necessidade de garantir acesso aos Fundos Comunitários e a outras fontes de financiamento, bem como a maior valorização da informação de cariz regional nos meios de comunicação, designadamente aqueles que estão cobertos pelo serviço público, foram outros dos temas abordados nesta mesa-redonda, aos quais se juntaram, também, a necessidade de uma ligação mais firme junto da Diáspora.