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Ofensiva do Exército mata 60 terroristas no Burkina Faso após emboscada a militares

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Pelo menos 60 terroristas foram mortos na sexta-feira passada no norte do Burkina Faso, numa ofensiva aérea do exército, na sequência de uma emboscada contra uma unidade militar, disseram hoje as Forças Armadas.

"Cerca de 60 terroristas foram mortos durante a ofensiva aérea dirigida contra colunas inimigas que tentavam infiltrar-se na direção da fronteira norte", disse a Direção de Comunicação e Relações Públicas das Forças Armadas, através de um comunicado.

"Sete veículos armados e dezenas de motos foram também destruídos pelos dispositivos aéreos das Forças Armadas nacionais", acrescentou.

A ofensiva surgiu depois de homens armados terem emboscado uma unidade militar na província de Oudalan, na região do Sahel (norte), no dia 17 de fevereiro.

O exército afirmou na declaração que, na sequência do incidente, foram enviadas unidades para o local do combate, onde foram levadas a cabo operações de varredura.

O balanço provisório aponta para "oito corpos de soldados encontrados no campo de batalha, três feridos transportados e tratados", mas ainda prosseguem as buscas de vários soldados.

"As operações continuam e (...) todos os meios estão a ser utilizados para encontrar os soldados que ainda estão desaparecidos", disse o exército, sem especificar o número de pessoas desaparecidas.

O Burkina Faso tem sofrido ataques terroristas frequentes desde abril de 2015, perpetrados por grupos ligados tanto à Al-Qaida como ao Estado Islâmico, especialmente no norte do país.

O país sofreu dois golpes de Estado em 2022: Um em 24 de janeiro, liderado pelo tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba, e outro em 30 de setembro, pelo capitão Ibrahim Traoré.

A tomada do poder pelos militares aconteceu, em ambas as ocasiões, na sequência do descontentamento entre a população e o exército por causa dos ataques terroristas, que forçaram a deslocação de cerca de 1,9 milhões de pessoas, de acordo com números do Governo.