A Guerra Mundo

G7 vai reunir-se remotamente com Zelensky no 1.º aniversário da guerra

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O grupo dos sete países mais industrializados do mundo (G7) vai reunir-se com o Presidente da Ucrânia na sexta-feira, avançou hoje o primeiro-ministro japonês, anunciando mais 5,1 mil milhões de euros de ajuda japonesa a Kiev.

A reunião, que irá decorrer por videoconferência, marcará o dia em que se assinala o primeiro aniversário da invasão da Rússia à Ucrânia.

"Os líderes dos países do G7 devem permanecer unidos para lidar com a invasão da Ucrânia, pelo que decidi organizar, esta semana, no dia 24, uma reunião 'online' dos países do G7 com o Presidente [ucraniano, Volodymyr] Zelensky como convidado", explicou Fumio Kishida durante um discurso realizado num fórum em Tóquio.

Esta será a primeira cimeira organizada por Kishida enquanto presidente do G7, grupo composto também pelos Estados Unidos, Canadá, França, Reino Unido, Itália e Alemanha.

O Japão juntou-se aos Estados Unidos e aos Estados europeus nas sanções aplicadas pelo Ocidente à Rússia pela invasão e no fornecimento de apoio humanitário e económico à Ucrânia.

A reação japonesa foi bastante rápida, já que o Japão teme um possível impacto da guerra no leste da Ásia, onde as forças armadas da China se tornaram cada vez mais assertivas e aumentaram as tensões em Taiwan, que Pequim reivindica como seu território.

No seu discurso, Kishida reconheceu que tomou uma atitude decisiva por causa da "forte preocupação de que a Ucrânia possa ser o leste asiático de amanhã" e disse que a invasão da Rússia é um desafio para toda a ordem internacional.

Sublinhando que os ucranianos "ainda têm necessidade de ajuda", já que os seus meios de subsistência "foram destruídos pela guerra e [que é preciso] restaurar as infraestruturas destruídas", o primeiro-ministro nipónico adiantou que o Japão vai dar uma nova ajuda financeira à Ucrânia no valor de 5,1 mil milhões de euros.

O Japão já canalizou cerca de 490 milhões de euros para a Ucrânia para ajuda económica de emergência.

O país também recebeu mais de 2.000 ucranianos deslocados, a quem deu apoio para habitação, para emprego e para educação.