UE e Reino Unido acordam continuar negociações sobre protocolo da Irlanda do Norte
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, acordaram hoje continuar as negociações para resolver os assuntos pendentes do protocolo sobre a Irlanda do Norte, incluindo o acordo do Brexit.
Numa reunião durante a Conferência de Segurança de Munique, Von der Leyen e Sunak falaram das negociações sobre o protocolo e concordaram que tinham sido feitos progressos na procura de soluções, embora "seja ainda necessário um trabalho intensivo nos próximos dias a nível oficial e ministerial", assinalaram num comunicado conjunto.
"Tomamos nota das boas discussões sobre o protocolo e acordamos seguir em estreito contacto nos próximos dias", indicou Von der Leyen, numa publicação na sua conta do Twitter.
Já em conferência de imprensa, Sunak disse que não foi feito nenhum acordo, mas que "há um entendimento do que precisa de ser feito", minorando o otimismo sobre uma solução iminente na disputa sobre as regras comerciais pró-Brexit para a Irlanda do Norte.
"Estamos a trabalhar arduamente e vamos trabalhar intensamente com a UE, mas não estamos de modo algum acabados", afirmou o primeiro-ministro britânico, reconhecendo que o Protocolo da Irlanda do Norte criou "desafios muito reais para as famílias, para as pessoas, para as empresas no terreno".
O comunicado conjunto expressa o desejo dos dois líderes de que o "espírito de cooperação" com que a União Europeia (UE) e o Reino Unido responderam à guerra de Putin na Ucrânia se reflita "em todos os problemas que enfrentam juntos".
Na reunião, os dois líderes abordaram a guerra da Ucrânia e a resposta dada à Rússia, e concordaram no "impacto positivo" da cooperação da UE e Reino Unido "para apoiar a Ucrânia e nas sanções contra a Rússia", acrescentou Von der Leyen no Twitter.
"Continuaremos", assegurou.
Von der Leyen e Sunak atualizaram-se mutuamente sobre os contactos estabelecidos com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e concordaram na "importância de dar à Ucrânia o impulso militar de que precisa para assegurar a vitória contra a tirania", indica o comunicado.
Do mesmo modo, os dois líderes destacaram a linha de apoio dado, tanto pela UE, como pelo Reino Unido, à Ucrânia durante o ano passado, evidenciando o "recorde de ajuda militar e económica ao país" e a "coordenação dos pacotes de sanções" em resposta à guerra de agressão russa.
Von der Leyen e Sunak também assinalaram os "esforços da União Europeia e do Reino Unido para treinar as tropas ucranianas, que vão fazer uma verdadeira diferença no campo de batalha".