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Sete detidos no caso de 18 mortos no interior de um camião na Bulgária

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Foto AFP

Sete pessoas foram detidas na Bulgária por ligações ao caso de 18 migrantes que foram encontrados na sexta-feira mortos por asfixia dentro de um camião trancado e abandonado perto de Sófia, avançou hoje o Ministério do Interior.

"Posso confirmar que foram detidas sete pessoas", disse fonte do ministério búlgaro, citado pela agência francesa de notícias AFP.

Segundo a tutela, o líder da rede de traficantes está entre os detidos, sendo que o homem já tinha sido condenado a cinco meses de prisão suspensa por tráfico de pessoas.

De acordo com os primeiros dados da investigação, o camião transportava ilegalmente 52 pessoas escondidas sob pranchas de madeira e as autoridades suspeitam que são migrantes afegãos que partiram da Turquia para a Europa.

Do grupo, 34 migrantes foram resgatados e transportados para o hospital na sexta-feira, estando alguns a ser tratados por envenenamento por monóxido de carbono devido à inalação do fumo do escape do veículo, de acordo com um médico da unidade de urgências do Hospital Pirogov, em Sófia.

"Estavam a receber oxigénio de forma muito limitada e não tinham água, pelo que estão gravemente desidratados, e não comem há vários dias", adiantou o médico.

Como uma das portas de entrada para a União Europeia (UE), a Bulgária registou, no ano passado, um aumento do número de migrantes sem documentos legais no seu território, apesar da presença de um muro de arame farpado ao longo de 234 quilómetros na fronteira com a Turquia.

De acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), cerca de 300 migrantes e refugiados morreram nas rotas migratórias dos Balcãs desde 2014, três dos quais já este ano.