O primeiro-ministro do Reino Unido vai exortar no sábado os líderes mundiais a acelerarem e coordenarem o apoio militar à Ucrânia nas próximas semanas para que Kiev consiga ganhar a guerra contra a Rússia, avançou hoje o executivo britânico.

Num comunicado enviado hoje, o Governo britânico avançou excertos do discurso que Rishi Sunak fará na Conferência de Segurança de Munique, que arrancou hoje.

Na intervenção, de acordo com a nota governamental, o primeiro-ministro britânico irá defender que "está na altura de reforçar" o apoio militar a Kiev e que este deve acontecer no espaço de semanas, e não de meses.

"Quando Putin começou esta guerra, ele apostou que a nossa determinação iria vacilar. Mesmo agora ele aposta que vamos perder a nossa coragem. Mas provámos então que ele estava errado, e vamos provar que está errado agora", irá referir Rishi Sunak, de acordo com o documento.

Segundo o comunicado, Sunak vai também propor um novo tratado da NATO para proteger a Ucrânia de futuras agressões da Rússia, impulsionando "a segurança a longo prazo" do país.

"Temos de demonstrar que permaneceremos ao lado deles, dispostos e capazes de os ajudar a defender o país sempre que necessário", sublinhará o primeiro-ministro britânico no seu discurso, que está previsto para o final da manhã na Conferência de Munique.

Para o primeiro-ministro britânico, esta proteção à Ucrânia é essencial para garantir a segurança de todo o continente europeu e da ordem mundial que tem preservado a paz e a segurança ao longo de décadas.

"O que está em jogo nesta guerra é ainda maior do que a segurança e a soberania de uma nação. Trata-se da segurança e soberania de cada nação. Porque a invasão da Rússia, os seus crimes de guerra abomináveis e a sua retórica nuclear irresponsável são sintomáticos de uma ameaça mais vasta a tudo aquilo em que acreditamos", destacará ainda.

Vários chefes de Estado e de Governo, ministros e líderes de organizações internacionais vão marcar presença nos próximos dias na Conferência de Segurança de Munique, evento que decorre nas vésperas do primeiro aniversário da guerra na Ucrânia.

A poucos dias de se completar um ano desde a invasão russa da Ucrânia, o conflito será o tema dominante da conferência, que decorre até domingo.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).