A Guerra Mundo

Zelensky pressiona aliados por apoio militar rápido que evite mortes

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O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, instou hoje os aliados ocidentais a acelerarem o apoio militar ao seu país, alertando que os atrasos jogam a favor da Rússia e custam vidas.

"Não há alternativa à velocidade, porque é da velocidade que a vida depende", sublinhou o chefe de Estado ucraniano, durante a sua participação por videoconferência na Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha.

A Ucrânia depende de armas ocidentais para frustrar a ambição do Presidente russo, Vladimir Putin, de conquistar grandes áreas do país vizinho.

A ajuda militar tornou-se, de resto, um teste à determinação dos governos ocidentais perante o aumento dos custos financeiros.

Cerca de 40 chefes de Estado e de Governo, bem como políticos e especialistas em segurança de quase 100 países, são esperados na conferência de três dias.

Num apelo por mais armas ocidentais, Zelensky comparou a luta da Ucrânia contra a invasão russa à luta bíblica entre David e Golias, assegurando que o seu país tem a coragem de David, mas precisava de ajuda.

Zelensky garantiu também que a Ucrânia irá prevalecer contra a agressão de Moscovo, prevendo até a vitória este ano, mas alertou que a Rússia "ainda pode destruir muitas vidas".

"É por isso que precisamos de nos apressar. Precisamos de velocidade", vincou o governante ucraniano.

Também durante a conferência em Munique, o chanceler alemão, Olaf Scholz, pediu aos países que podem entregar tanques de combate à Ucrânia para o fazerem, constatando que os envios prometidos pelos aliados estão atrasados.

Já o Presidente francês, Emmanuel Macron, admitiu esta sexta-feira que os aliados estão preparados "para um conflito prolongado" na Ucrânia, exortando os países que apoiam Kiev a serem "credíveis" nos seus esforços e a "reinvestirem massivamente" nas respetivas defesas.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Vários chefes de Estado e de Governo, ministros e líderes de organizações internacionais vão marcar presença nos próximos dias na Conferência de Segurança de Munique, evento que decorre nas vésperas do primeiro aniversário da guerra na Ucrânia.

A poucos dias de se completar um ano desde a invasão russa da Ucrânia, o conflito será o tema dominante da conferência, que decorre até domingo.

A par de Macron, a vice-Presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, o chanceler alemão, Olaf Scholz, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o diretor do Gabinete da Comissão de Negócios Estrangeiros do Partido Comunista da China, Wang Yi, e o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, também vão marcar presença em Munique.

Nenhum representante russo está anunciado, até à data, na conferência.