O dia começou com um aviso do IPMA, que voltou a colocar o arquipélago sob aviso amarelo devido à força do vento, nomeadamente a Costa Sul - com particular foco no extremo Leste - e ainda Regiões Montanhosas. O aviso esteve em vigor até às 15 horas desta sexta-feira, tempo mais do que suficiente para condicionar a operacionalidade do Aeroporto da Madeira ao longo de todo o dia.

À conta da ventania foram cancelados dez voos - cinco chegadas e cinco partidas - a que se acrescentam nesta contabilização outros 13 que divergiram para outras paragens - incluindo na rota Canárias e Porto Santo, depois de horas perdidas às voltas na esperança que o vento abrandasse.

Entre os cancelamentos estão o voo da easyJet (EJU7585) proveniente do Porto, um da TAP com partida de Lisboa (TP1685), outro operado pela TUI (TB1765) que chegaria desde Bruxelas e ainda outros dois com proveniência do Aeroporto Humberto Delgado (FR6534) e Francisco Sá Carneiro (EJU7587). Voos que não chegaram a operar no sentido inverso, o que acaba por elevar a contagem para 10 cancelamentos.

Segundo os dados divulgados ao minuto pela ANA - Aeroportos de Portugal, entre os voos cancelados desta sexta-feira consta um que viria desde Nova Iorque, na ligação transatlântica assegurada pela Azores Airlines.

Este cancelamento nada tem a ver com a força do vento que se sentiu na Madeira, mas sim com o encerramento ao tráfego aéreo internacional do Terminal Internacional do Aeroporto JFJK. A viagem de regresso aos EUA estaria agendada para as 17h05.

Além destes voos cancelados pelo menos 13 voos divergiram. A maioria (6) seguiu para o Porto Santo - incluindo o avião cargueiro - enquanto outros três decidiram rumar para as ilhas Canárias, todos para Tenerife.

Houve ainda outros voos que regressaram a Lisboa e Porto, o mesmo acontecendo com um voo de ligação com os Açores, neste caso a Ponta Delgada.

Com um aviso amarelo para o vento em vigor ficou o registo da rajada máxima registada na estação do IPMA colocada em Santa Catarina ao longo do dia de hoje. Foi de 85km/h às 2 horas da madrugada, altura em que não existia qualquer voo programado.

Certo é que ao longo da manhã e até início da tarde as aterragens e descolagens em Santa Cruz estiveram sob forte condicionamento e o vento apenas amainou depois das 15 horas - precisamente após o fim do aviso amarelo lançado pelo Instituto.