Manifestação nacional será "momento alto de convergência da luta"
A secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, disse hoje que a manifestação nacional em Lisboa, marcada para 18 de março, será "o momento alto de convergência" da luta que está em desenvolvimento e que "muito provavelmente" irá continuar.
A manifestação nacional hoje decidida pelo Conselho Nacional da CGTP "vai ser o momento alto de convergência de toda esta luta que já está em desenvolvimento, que vai continuar durante todo este mês de fevereiro e até ao dia 18 [de março] e que muito provavelmente terá de prosseguir", afirmou Isabel Camarinha em declarações à Lusa.
Segundo a líder sindical, a manifestação do dia 18 de março "permitirá que todos venham para a rua em conjunto, em unidade e exijam a resposta e a solução para os problemas com que estão confrontados".
Isabel Camarinha referiu que, na reunião, o Conselho Nacional da CGTP "fez balanço muito positivo da luta que tem desenvolvido", lembrando que em 09 de fevereiro a central sindical promoveu um "dia nacional de indignação, protesto e luta", com manifestações e greves em vários pontos do país.
A CGTP anunciou hoje uma manifestação nacional em Lisboa, a realizar no dia 18 de março, para reivindicar o aumento geral dos salários e das pensões e em protesto contra a subida do custo de vida.
A decisão foi tomada na reunião do Conselho Nacional da intersindical, onde os sindicalistas aprovaram a intensificação da luta "pelas respostas imediatas ao agravamento da situação por via do brutal aumento do custo de vida", segundo um comunicado da CGTP.
A intersindical exige o aumento dos salários e pensões "no imediato" de pelo menos 10% ou de 100 euros no mínimo para todos os trabalhadores, bem como a fixação de limites máximos nos preços dos bens e serviços essenciais e a taxação extraordinária "sobre os lucros colossais das grandes empresas".
A manifestação nacional de 18 de março terá como base o conjunto de reivindicações da CGTP, com o lema "Todos a Lisboa! Aumento geral dos salários e pensões -- emergência nacional!".
Entre as principais reivindicações estão ainda a valorização das carreiras e profissões, a fixação de 850 euros para o Salário Mínimo Nacional, com referência a janeiro de 2023, horário semanal de 35 horas para todos os trabalhadores e a revogação "das normas gravosas da legislação laboral".