Saldo natural em 2022 foi o mais negativo desde 1970
O saldo natural (diferença entre nascimentos e mortes) na Madeira em 2022 foi negativo em 1.343 indivíduos, o mais baixo desde que há registos disponíveis, ou seja desde 1970.
Os dados preliminares da demografia de 2022, divulgados esta tarde pela Direcção Regional de Estatística da Madeira (DREM) mostram que o saldo natural negativo da Região é "resultante de um número de nados-vivos (1.759) inferior ao número de óbitos (3.102)", quando "em 2021, o saldo natural havia sido igualmente negativo, embora menos expressivo, -1.131 indivíduos (1.744 nados-vivos e 2 875 óbitos)".
Ou seja, apesar do aumento do número de nascimentos em 0,9%, os óbitos dispararam 7,9%, resultando, por isso num saldo natural registado em 2022 "mais baixo em termos históricos da série disponível (desde 1970)", diz a DREM.
Refere ainda que no ano passado, "foram averbados 3 óbitos com menos de 1 ano e 7 fetos mortos. No ano anterior, o número de óbitos com menos de 1 ano foi superior (6 óbitos) e o número de fetos mortos ligeiramente inferior (6 fetos mortos)".
Também no período em referência, "realizaram-se 1.139 casamentos, mais 273 (+31,5%) do que em 2021 e mais 527 (+86,1%) do que em 2020", dois anos em que havia fortes restrições à realização de eventos com muita gente, notando-se por isso que muitos casais terão adiado o seu matrimónio, evento que, tradicionalmente, junta familiares e amigos, que por causa da covid-19 estavam impedidos de participar além de um grupo restrito de pessoas.