Madeira

Aplicar o pacote 'Mais Habitação' de forma transversal a todo o país "é ridículo"

Albuquerque reclama "discriminação positiva" no plano de intenções do Governo da República

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A ser aprovado e aplicado de forma transversal a todo o território do país o pacote 'Mais Habitação', ontem apresentado pelo Governo da República, será "ridículo", considera o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque.

Esta é, para já, a conclusão que Miguel Albuquerque tira das "intenções" anunciadas por António Costa.

O pacote ‘Mais habitação’, ontem aprovado pelo Conselho de Ministros, foi anunciado durante o 'briefing' que se seguiu à reunião do Governo, em que participaram o Primeiro-Ministro, António Costa, e os ministros da Habitação, Marina Gonçalves, e das Finanças, Fernando Medina.

O novo pacote legislativo sobre habitação aprovado esta quinta-feira contempla várias medidas que visam estimular o mercado de arrendamento, assim como a agilização e incentivos à construção.

O ‘Mais Habitação’ vai agora ficar em discussão pública durante cerca de um mês, voltando a Conselho de Ministros, a meados de Março, onde será aprovada a proposta que o Governo enviará à Assembleia da República.

Face ao anunciado “conjunto de intenções” que é o Plano Nacional para a Habitação, para Albuquerque a mesma surge numa perspectiva de intervenção do estado para resolver a situação habitacional em Lisboa e no Porto, “porque não houve medidas atempadas do Governo [da República] no sentido de minorar esta situação” nas duas grandes cidades portuguesas. Como tal, entende que “estar a culpar os Vistos Gold e o Alojamento Local, que são dois negócios que estão em expansão e onde os empresários investiram, onde houve de facto uma perspectiva de a médio e longo prazo ter retorno e neste momento voltar tudo para trás, acho que é ridículo e é mau para o País, é mau para a economia nacional”.