Rui Rocha teme que pacote de habitação seja "manobra de propaganda" do Governo
O presidente da IL, Rui Rocha, disse hoje temer que o pacote do Governo dedicado à habitação seja "uma manobra de propaganda", criticando que os sinais sobre as medidas sejam de "proibicionismo e intervencionismo" sem resolver o problema fundamental.
"Os primeiros sinais que recebemos relativamente à abordagem do Governo parecem ir em dois sentidos que não permitem esperar grandes soluções, pelo contrário. O primeiro é a vertente propagandista", respondeu Rui Rocha, em declarações à agência Lusa, quando questionado sobre a expectativa quanto ao pacote de medidas dirigido à habitação que o Conselho de Ministros está hoje a discutir e vai aprovar.
Segundo o presidente da IL, são frequentemente lançados pelo Governo "grandes pacotes de grandes projetos, cuja eficiência e eficácia, passado uns meses, passado uns tempos de execução, são sempre muito abaixo daquilo que é o prometido".
"Eu temo que estejamos perante mais uma manobra de propaganda do Governo, em desespero, porque sabe que o tema da habitação é um tema importante e que não tem tido as soluções adequadas", afirmou.
Rui Rocha assinalou que António Costa está em funções há sete anos e considerou vem agora "com urgência, com desespero, quase, vem apresentar um conjunto de soluções".
"Obviamente avaliaremos aquilo que for proposto em concreto, mas o que me parece começar a desenhar-se é uma nota de proibicionismo, de intervencionismo e, portanto, não resolvendo o problema fundamental que tem sobretudo a ver com a oferta de habitação no mercado, quer no mercado para venda, quer no mercado para arrendamento", criticou.
O líder liberal não antecipa por isso "bons sinais" do Conselho de Ministros de hoje, considerando que "não vêm grandes soluções para aquilo que é um problema concreto dos portugueses".
Sobre a questão da habitação, Rui Rocha defendeu que esta é uma "preocupação do país, neste momento estendida aos vários territórios" porque já não é um problema "dos grandes centros urbanos, é uma questão de todo o país".
"A Iniciativa Liberal tem também a sua visão e tem propostas concretas que já fez ou vai fazer nos próximos tempos relativamente a estas matérias", referiu.