Albuquerque admite criar programa alternativo aos vistos gold para “continuar a atrair investimento”
Embora diga que não é determinante ou crucial, considera os vistos Gold como importante para a Madeira
Caso o Governo da República suspenda, também na Madeira, os Vistos Gold - programa de imigração que oferece aos investidores e suas famílias a oportunidade de se tornarem residentes locais – o Governo Regional admite estudar forma alternativa para manter a atractividade do investimento estrangeiro na Região.
“Vamos ter que continuar a atrair investimento”, começou por ser a resposta do presidente do Governo Regional, esta manhã, à margem da visita às obras na Estação de Tratamento de Água do Pico do Eixo, em Santana.
Segundo Miguel Albuquerque, “os vistos Gold, não sendo um factor determinante ou crucial, é um factor importante, sobretudo para o investimento imobiliário de alto rendimento”, mas também para a “atracção de pessoas qualificadas na área da ciência e da tecnologia”, lembra.
Albuquerque defende que a cessação dos vistos Gold deve ser feita “de forma harmoniosa, em consonância com os interesses do país”, para logo sublinhar que os interesses do país não são apenas os interesses “da elite de Lisboa ou do Porto” porque “há mais país” para além das duas grandes cidades portuguesas. Entende que em “concelhos, cidades que precisam de investimento, precisam de crescer”, deve manter-se os vistos Gold. Devem é “acabar em Lisboa e no Porto, que estão com alguma saturação e com problemas de subida do preço do imobiliário”. A propósito dos custos do imobiliário, aproveitou para criticar o governo de António Costa ao concluir que “essa subida do preço do imobiliário só existe porque o governo nacional não preparou uma alternativa nem tem nenhuma política de habitação consistente. Já devia de ter, como nós aqui na Madeira temos”, complementou.