Madeira

Malparado nas empresas aumenta, mas diminui nas famílias madeirenses em 2022

Tanto o rácio do crédito vencido das sociedades não financeiras como das famílias e das Instituições Sem Fins Lucrativos ao Serviço das Famílias aproximam-se da média nacional

Foto Shutterstock
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O saldo dos empréstimos concedidos a cerca de 5,1 mil sociedades não financeiras (SNF) e a 100,8 mil famílias e das Instituições Sem Fins Lucrativos ao Serviço das Famílias (ISFLSF) na Região totalizava 1.987,7 milhões de euros e 3.072,4 milhões de euros, respectivamente, com os primeiros a terem 41,6 milhões de euros e os segundos 174,5 milhões de euros vencidos, ou seja considerados crédito malparado. Em ambos os casos, as percentagens face ao total de empréstimos diminuíram no final de 2022 face a 2021, tendo aproximado da média nacional (no caso das famílias e ISFLSF, apenas na habitação).

Olhando em particular os dados do Banco de Portugal, o sector bancário concedeu menos menos 53,3 milhões de euros às SNF face ao mesmo momento de 2021 (-2,6%). "O número de sociedades com empréstimos diminuiu pelo terceiro ano consecutivo, baixando de 5,2 mil para 5,1 mil entre 2021 e 2022, mas mantendo-se ainda próximo dos valores registados entre o final de 2007 e o final de 2012, período em que esta variável esteve compreendida entre os 5,1 e os 5,4 mil (máximo histórico)", informou esta manhã a Direcção Regional de Estatística.

"Por sua vez, o montante de empréstimos vencidos fixou-se, em Dezembro de 2022, nos 41,6 milhões de euros, crescendo 0,7 milhões de euros (+1,7%) comparativamente ao mesmo mês de 2021. Assim, o rácio de empréstimos vencidos na Região aumentou ligeiramente entre o final de 2021 e de 2022, de 2,0% para 2,1%, respetivamente, muito embora se tenha aproximado da média nacional (2,0%), com o diferencial a passar de 0,3 p.p. no final de 2021 para 0,1 p.p. no final de 2022", salienta a DREM.

Já a "percentagem de devedores do sector das SNF com empréstimos vencidos no final de 2022 era de 15,5%. Face a Dezembro de 2021, este indicador aumentou 1,5 pontos percentuais (p.p.) na Região", sinaliza.

No que ao sector das famílias e das Instituições Sem Fins Lucrativos ao Serviço das Famílias (ISFLSF), "o saldo dos empréstimos concedidos era, em Dezembro de 2022, de 3.072,4 milhões de euros, inferior aos 3.214,0 milhões de euros (-4,4%) de um ano antes", sendo que "72,6% daquele saldo era referente ao segmento da 'habitação' e os 27,4% restantes ao 'consumo e outros fins'".

Comparando com Dezembro de 2021, "o saldo dos empréstimos concedidos referente ao primeiro segmento aumentou 2,5%, enquanto o segundo registou uma redução de 18,9%", especifica a autoridade estatística regional. "De assinalar que, no segmento da 'habitação', 2022 corresponde ao terceiro crescimento consecutivo verificado no saldo do final do ano dos empréstimos concedidos dos últimos 12 anos".

Aumenta o crédito ao consumo e o malparado também

Quanto ao número de devedores no sector das famílias e das ISFLSF "ascendia a 100,8 mil no final de 2022, +1,4% que em igual momento de 2021, aumento explicado pelo acréscimo verificado no segmento 'consumo e outros fins' (+1,9%), já que o número de devedores no segmento da 'habitação' diminuiu (-0,5%)", o que é um indicador a ficar na retina.

Já relativamente aos empréstimos vencidos no segmento da habitação, "os mesmos não ultrapassavam os 7,6 milhões de euros, representando um rácio de empréstimos vencidos de 0,3%, percentagem idêntica à nacional. Entre o final de 2021 e de 2022, o rácio de empréstimos vencidos de 'habitação' reduziu-se em 0,4 p.p. na Região, queda superior à verificada no País (-0,2 p.p.)", garante.

No que toca à percentagem de devedores (famílias e ISFLF) "com empréstimos vencidos na RAM era, no final de 2022, de 6,0% na RAM e de 6,7% em Portugal. Face a um ano antes, estas percentagens diminuíram em 0,3 p.p. na Região e em 0,4 p.p. no País", conclui.