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Nikki Haley lança corrida presidencial nos EUA com apelo a mudança geracional

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Nikki Haley iniciou hoje a sua corrida à nomeação do Partido Republicano para as presidenciais norte-americanas de 2024 com um apelo à mudança geracional em Washington e à rejeição da "política de identidade" que divide os Estados Unidos.

A ex-embaixadora dos EUA junto da ONU e ex-governadora da Carolina do Sul apresentou os temas direcionados aos eleitores republicanos, que terá de conquistar para derrubar, pelo menos, o outro candidato já conhecido, o ex-Presidente Donald Trump.

No seu discurso perante várias centenas de pessoas em Charleston, no seu Estado natal da Carolina do Sul, Haley criticou o atual Presidente, Joe Biden, bem como os outros democratas, garantindo que não existe um problema de racismo nos EUA.

Haley, de 51 anos, referiu que os republicanos perderam o voto popular nas últimas eleições porque "não conseguiram ganhar a confiança da maioria" dos norte-americanos, defendendo, por isso, que a solução é colocar essa confiança "numa nova geração".

As palavras foram dirigidas a Biden que, aos 80 anos, é o Presidente mais velho da história, mas também a Trump, de 76 anos, que lançou uma terceira candidatura à Casa Branca.

De resto, Haley defendeu mesmo um "teste de capacidade mental obrigatório para políticos com mais de 75 anos".

Embora seja a primeira republicana a desafiar oficialmente Trump, dificilmente será a última, noticiou a agência Associated Press (AP).

O governador da Florida, Ron DeSantis, o ex-vice-Presidente Mike Pence e o ex-secretário de Estado Mike Pompeo estão entre os que devem lançar campanhas nos próximos meses.

Numa altura em que o Governo de Joe Biden continua a liderar uma aliança ocidental contra a invasão russa da Ucrânia e enfrenta o recente caso dos objetos não identificados sobre os EUA, Haley puxou dos galões pela experiencia sobre segurança nacional obtida durante o mandato na ONU.

Ainda sobre segurança nacional, Haley criticou Biden pela retirada caótica das tropas norte-americanas do Afeganistão, o lançamento de mísseis da Coreia do Norte, a escalada da agressão russa e o avanço da China.

"Hoje, os nossos inimigos pensam que a era americana já passou. Eles estão errados", garantiu.

Se for eleita nas presidenciais de 2024, Haley será a primeira mulher Presidente dos EUA e a primeira inquilina da Casa Branca de ascendência indiana.

Haley já tinha sido a primeira mulher a tornar-se governadora da Carolina do Sul, cargo ao qual chegou com apenas 38 anos.

Filha de imigrantes indianos, Haley cresceu a ouvir insultos racistas numa pequena cidade da Carolina do Sul, dizendo que essa condição teve um forte impacto na sua formação política.

Haley já conseguiu reunir apoios de peso para a sua candidatura, incluindo do atual governador da Carolina do Sul, Mark Sanford, e da ex-governadora do Alasca Sarah Palin.