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Lula da Silva viaja para a China em março para procurar investimentos

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Foto: EPA

O Presidente brasileiro, Lula da Silva, procurará investimentos em vários setores durante a sua viagem de março à China, o principal parceiro comercial do Brasil e um dos maiores investidores do país, foi hoje anunciado.

"O objetivo é atrair mais investimento. Temos muitas possibilidades e oportunidades, principalmente em energias renováveis, hidrogénio verde, infraestruturas, complexo de saúde, aeroespacial, educação, ciência e tecnologia, agricultura e turismo", disse o vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, que é também ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

Após uma reunião interministerial para preparar a viagem do chefe de Estado a Pequim, cuja data ainda não foi fixada, o vice-presidente brasileiro acrescentou que não há nenhuma área em que a relação com o gigante asiático não possa ser ampliada e aprofundada.

Alckmin disse ainda que outro objetivo é a diversificação do comércio bilateral com a China, que desde 2009 tornou-se o maior destino das exportações brasileiras, mas cuja procura é principalmente de matérias-primas.

O Governo brasileiro considera que tem grandes perspetivas de expansão das relações com a China porque Luiz Inácio Lula da Silva é visto como um parceiro mais fiável do que o ex-presidente Jair Bolsonaro, que em várias ocasiões criticou os investimentos chineses no Brasil e até culpou Pequim pela pandemia de covid-19.

A possibilidade de uma maior aproximação nesta altura foi confirmada pela decisão da China de enviar o seu vice-presidente, Wang Qishan, à cerimónia de tomada de posse de Lula da Silva em 01 de janeiro.

Os investimentos acumulados da China no Brasil totalizam quase 70 mil milhões de euros, de acordo com dados oficiais citados pelo vice-presidente brasileiro.

O comércio bilateral entre o Brasil e a China ultrapassa 150 mil milhões de euros por ano, com um excedente para o país latino-americano de cerca de 25 mil milhões de euros.

A data da viagem de Lula da Silva à China ainda não foi fixada, mas que o mais provável é que tenha lugar na segunda quinzena de março, indicou o seu vice-presidente.