Lula recupera programa de habitação popular abandonado por Bolsonaro
O Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, liderou hoje um evento que retomou um plano de habitação popular que começou em 2009 mas foi abandonado nos últimos anos pelo Governo de Jair Bolsonaro.
Na cerimónia, realizada em Santo Amaro, no estado da Bahia (nordeste), foram entregues 684 casas e, simultaneamente e por videoconferência, foram também inauguradas outras 2.016 em oito municípios do interior do país.
"Estamos de volta ao Governo com a expectativa de que possamos melhorar a vida dos brasileiros", disse Lula, que reiterou que o seu desejo é que "o povo possa mais uma vez tomar o café da manhã [pequeno almoço], almoçar, jantar, trabalhar, estudar e viver nas suas próprias casas".
"Os imóveis estavam com 96% das obras concluídas desde 2016. Em 45 dias de Governo, finalizamos as obras e retomamos o mais importante programa habitacional da história", frisou.
O programa "Minha Casa, Minha Vida" foi criado em 2009, durante o segundo mandato de Lula da Silva, mas em 2019, após a vitória eleitoral de Jair Bolsonaro, deixou de servir as famílias mais pobres, como tinha sido originalmente, e começou a beneficiar a classe média baixa.
Agora, Lula da Silva recuperou a ideia inicial de um plano centrado nas famílias com rendimentos inferiores a dois salários mínimos (cerca de 500 euros), e a habitação será subsidiada em 80% pelos bancos públicos.
A intenção, com o reinício deste programa, é construir cerca de dois milhões de casas durante os quatro anos da, com um investimento que ainda não foi especificado.
Isto, contudo, não resolveria o défice habitacional, que está estimado em quase seis milhões e inclui tanto as famílias sem-abrigo como as que vivem em residências consideradas precárias.