A Guerra Mundo

Partido Popular Europeu demarca-se das críticas de Berlusconi a Zelensky

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EPA/STEPHANIE LECOCQ

O grupo do Partido Popular Europeu no Parlamento Europeu distanciou-se hoje das críticas do antigo primeiro-ministro italiano e líder do Forza Italia, Silvio Berlusconi, ao presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, a quem culpou pela invasão russa do seu país.

"O grupo do Partido Popular Europeu rejeita firmemente as declarações de Silvio Berlusconi sobre a Ucrânia. Não refletem a nossa opinião política. A Rússia é o agressor e a Ucrânia é a vítima. Não cederemos à narrativa de Putin e a Ucrânia pode contar com o nosso total apoio", escreveu o grupo numa mensagem no Twitter dois dias após os comentários de Berlusconi.

O italiano garantiu no domingo que, se fosse primeiro-ministro, "nunca teria ido falar com Zelenski porque estamos a assistir à devastação do seu país e ao massacre dos seus soldados e civis", referindo-se ao encontro esta semana em Bruxelas da presidente do governo italiano, Giorgia Meloni, com o presidente ucraniano.

"Teria bastado que deixasse de atacar as duas repúblicas autónomas de Donbass e isto não teria acontecido. Por isso julgo muito negativamente o comportamento deste senhor", disse, acrescentando que o presidente dos Estados Unidos "deveria falar com Zelenski" e prometer-lhe financiamento para reconstruir a Ucrânia sob a condição de que ordene um cessar-fogo.

Em resposta, o PP europeu reiterou a sua condenação à ofensiva militar lançada pela Rússia na Ucrânia e disse que ficará "do lado da Ucrânia até que a guerra seja vencida".