Mais de seis milhões de euros do PRR para 180 habitações da GNR
O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) tem uma verba de mais de seis milhões de euros destinada a habitações para os militares da Guarda Nacional Republicana em vários pontos do país, anunciou hoje o ministro da Administração Interna.
"No conjunto são 180 alojamentos para militares da GNR e familiares e também para circunstâncias de emergências. Este investimento é superior a seis milhões de euros e inscreve-se nos planos de PRR que estão em curso. Há obras em curso, há outras que estão finalizadas e têm em vista criar condições de atratividade nas forças de segurança", disse aos jornalistas José Luís Carneiro, durante uma visita ao complexo habitacional dos serviços sociais da GNR no bairro da Ajuda, em Lisboa.
Neste bairro, a Guarda Nacional Republicana tem em remodelação, com verbas do Plano de Recuperação e Resiliência, 60 habitações destinadas a alojamento para os militares desta força de segurança.
"Esta é a resposta de alojamento que é uma das respostas mais difíceis de encontrar nas áreas metropolitanas. Este esforço é em todo o país, desde o Algarve, Lisboa, Faro, Coimbra, Chaves e Porto", disse, avançando que na próxima sexta-feira vão ser assinados dois acordos com as câmaras municipais de São João da Madeira e de Vila Nova de Gaia para a disponibilização de terrenos para a GNR construir casas.
Segundo o ministro, estas habitações destinam-se ao alojamento de famílias, ao alojamento de militares que individualmente carecem deste apoio e em circunstâncias de emergência em momentos de doença ou casos de violência doméstica.
Além da GNR, também está a ser feito um investimento no alojamento para os agentes da PSP, estando previsto no PRR para as duas forças de segurança 40 milhões de euros destinados à garantia de habitação para os elementos policiais e militares recém-formados.
Questionado se este apoio para a habitação dos polícias serve para compensar os baixos salários das forças de segurança, o ministro respondeu que "os rendimentos não estão apenas naquilo que se consegue ganhar, mas também naquilo que se consegue evitar gastar", inscrevendo-se "naquilo que são rendimentos indiretos".
Os serviços sociais da GNR têm atualmente 741 casas em todo o país, que se dividem entre arrendamento para famílias de militares, alojamento de estudantes e "alojamento temporário de emergência", que têm uma renda média mensal de 250 euros.