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Professoras universitárias aumentam, mas são uma minoria em carreiras e cargos de topo

Foto Shutterstock
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Apesar de o número de professoras universitárias ter aumentado em quase 20 anos, são uma minoria nas carreiras e cargos de topo, conclui um estudo hoje divulgado sobre a igualdade de género nas instituições de ensino superior.

O estudo tem coordenação científica do Centro Interdisciplinar de Estudos de Género, do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, onde os seus principais indicadores estatísticos, conclusões e recomendações serão apresentados na conferência "Igualdade de Género nas Instituições de Ensino Superior: conhecer a realidade para a transformar".

O trabalho tem por base o projeto "Igualdade de Género nas Instituições de Ensino Superior", promovido pela Direção-Geral do Ensino Superior e financiado pelo Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu EEA Grants, e que foi lançado publicamente em julho de 2019.

Segundo o estudo, que cita dados da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, as universidades públicas passaram em 2021/22 a ter 8.309 professoras, mais 2.590 face a 2004/05, quando totalizavam 5.719.

O número de mulheres docentes cresceu igualmente no mesmo período nos institutos politécnicos públicos, ainda que de forma menos expressiva, totalizando 5.619 em 2021/22, mais 786 do que em 2004/05.

Os dados revelam que, apesar do aumento do emprego de professoras universitárias, os homens docentes continuavam em maioria (10.245 nas universidades públicas e 6.199 nos politécnicos públicos) e apenas um quarto das docentes mulheres ocupava em 2021/22 a carreira mais elevada, a de professor catedrático.

Nos politécnicos, metade das docentes mantinha-se em 2021/22 na segunda carreira mais elevada, a de professor coordenador. Contudo, ao topo da carreira, a de professor coordenador principal, apenas tinham chegado 28% de docentes mulheres.

Em 2020/21, apenas nove mulheres (contra 38 homens) eram reitoras de universidades ou presidentes de institutos politécnicos (atualmente apenas quatro universidades públicas - de um total de 14 - são lideradas por mulheres).

No mesmo período, 40 mulheres (contra 70 homens) ocupavam o cargo de vice-reitora ou vice-presidente.

Em 2018/19, um total de 121 docentes mulheres (contra 279 homens) dirigia uma faculdade ou escola superior.